Folha de S.Paulo
Jornalista: Indefinido
01/11/19 - Um dos principais fatores que definem as cores das fezes é a bile, uma conjunto de substâncias produzidas no fígado e armazenada pela vesícula biliar.
De cor amarelo-esverdeada, ela ajuda a fazer a digestão, especialmente de gorduras e dos chamados nutrientes lipossolúveis.
No caso de uma absorção ineficiente do intestino grosso, que normalmente reabsorve de 80% a 90% da bile, o cocô tende a ficar mais amarelado ou esverdeado, explica Flávio Antonio Quilici, da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG).
Da mesma forma, quando uma pessoa está com diarreia, as fezes tendem a ficar amareladas por causa do trânsito intestinal acelerado e da consistência aquosa do material.
No caso de persistência de fezes amarelas ou amarelo-esverdeadas, é importante buscar auxílio médico. Também deve-se atentar para o odor das fezes. Se elas são oleosas e muito malcheirosas pode haver um problema na absorção de gorduras.
Se há algum problema na produção ou secreção de bile, como uma obstrução dos canais que levam o conteúdo para a vesícula ou mesmo durante sua saída para o intestino, o cocô tende a ficar esbranquiçado ou acinzentado. Nesse caso, é preciso buscar ajuda com certa urgência. Essa condição geralmente é descoberta precocemente devido à dor que a pessoa sente, afirma Quilici.
Outro sinal de preocupação se dá quando as fezes saem pretas ou com partes pretas —isso provavelmente quer dizer que há coágulos de sangue, derivados de sangramento em alguma parte do trato gastrintestinal.
No caso de sangue vivo, provavelmente esse sangramento é mais próximo do reto ou do ânus, e também demanda atenção.
Além disso, algumas substâncias e medicamentos podem alterar a cor das fezes. A suplementação de ferro, por exemplo, pode deixar as fezes avermelhadas.
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