Segmento farmacêutico para pet cresce e mira canal online
Por fora uma loja da DrogaVet: empresa quer ter 50 contratos de franquias firmados até o final deste ano FOTO: DIVULGAÇÃO
Segundo dados da Abinpet, vendas de medicamentos a animais de estimação cresceram 7% entre 2016 e 2017, mas operação virtual ainda esbarra em leis
Por JOÃO VICENTE RIBEIRO
DCI
Dentro do faturamento total de R$ 20,3 bilhões do mercado pet no ano passado, um dos segmentos que mais cresceu foi o de medicamentos para animais de estimação – registrando alta de 7% ante 2016. Com isso, farmácias de manipulação para este nicho elaboram estratégias para alavancar vendas físicas e online.
Segundo os dados publicados pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o gasto com remédios para os pets representou 7,7% da receita bruta desse mercado no ano passado - o equivalente a R$ 1,5 bilhão.
Quem tenta aproveitar este mercado em alto é a rede de farmácias DrogaVet. Com pretensão de chegar a 50 contratos de franquias fechados até o final do ano – hoje são 28 unidades abertas –, a sócia-fundadora do negócio, Sandra Schuster, conta que o movimento de expansão das operações se dará pelos canais físicos e online. “Há um e meio em desenvolvimento, nosso e-commerce está entrando em vigor agora com produtos oftalmológicos”, afirmou a executiva.
style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="1871484486">De acordo com ela, no longo prazo, a expectativa é que a iniciativa resulte num aumento de 10% a 15% no volume de vendas total do negócio. “Em relação ao tíquete médio, que está em torno de R$ 120, não vemos uma tendência de alta, pois os produtos serão mais baratos se comparados àqueles vendidos nas unidades físicas”, argumentou Sandra. Ela afirma que contratou uma empresa terceira para o desenvolvimento do site, que recebeu investimentos de R$ 30 mil.
Questionada também sobre a possibilidade de entrar em plataformas de marketplace, a executiva explica que esse movimento é complicado, pois a legislação específica para esse tipo de comércio veta qualquer venda sem apresentação de prescrição médica.
Segundo o último parecer da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a venda de medicamentos pela internet, “deve ser garantido aos usuários meios para comunicação direta e imediata com o Farmacêutico Responsável Técnico, ou seu substituto, presente no estabelecimento. Desse forma, o estabelecimento deve ter este profissional a disposição durante o período de atendimento pela internet.”
Além disso, Sandra também lembrou que como a rede tem unidades espalhadas pelo Brasil, o esquema logístico de entregas não foi alterado de forma significativa. Dessa forma, o cliente tem duas possibilidades, retirar na loja mais próxima ou receber em casa.
Foco na logísticaDiferentemente da perspectiva da Sandra, o diretor farmacêutico da farmácia de manipulação Botica Pet, Anderson Carniel, afirmou que um dos desafios enfrentados nos últimos anos está ligado à logística. “Atualmente, temos duas unidades próprias e estamos no processo de franqueamento da marca”, disse ele, lembrando que esse movimento vai acelerar também a abertura de mais negócios e volume de venda pelo País.
“Realizamos a manipulação de cerca de mil medicamentos por mês. Nosso tíquete médio varia muito, temos tratamentos que são para uso crônico e outros de curso prazo”, afirmou Carniel. Além disso, o diretor afirma que o negócio “já recebeu duas propostas de potenciais franqueados.”
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