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A Semaglutida, um medicamento desenvolvido pela Novo Nordisk, tem demonstrado potencial no tratamento de uma condição crônica de pele em pacientes obesos, conforme revelado por um estudo recente. Este estudo, realizado por pesquisadores do Hospital Universitário St. Vincent em Dublin, investigou o uso da semaglutida, um agonista do receptor de peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1), para tratar a hidradenite supurativa (HS), uma doença de pele dolorosa e crônica.

A hidradenite supurativa é caracterizada por abscessos dolorosos e cicatrizes, afetando significativamente a qualidade de vida dos pacientes. A obesidade é um fator de risco conhecido para a HS, e o controle efetivo da condição permanece um desafio clínico. O estudo em questão avaliou os resultados de saúde de 30 pacientes obesos com HS, que receberam semaglutida em uma dose média semanal de 0,8 mg durante um período médio de 8,2 meses. Os resultados foram promissores, mostrando uma redução na frequência dos surtos de HS, melhoria na qualidade de vida dos pacientes, e uma diminuição significativa no índice de massa corporal (IMC) e no peso dos participantes.

Os pacientes experimentaram uma redução na frequência de surtos de HS de uma vez a cada 8,5 semanas para uma vez a cada 12 semanas. Além disso, houve uma melhoria significativa na qualidade de vida, refletida na redução da pontuação do Índice de Qualidade de Vida em Dermatologia (DQLI) de uma média de 13/30 para 9/30. O IMC médio dos pacientes diminuiu de 43,1 para 41,5 e o peso médio caiu de 117,7 kg para 111,6 kg, com um terço dos pacientes perdendo 10 kg ou mais durante o tratamento. Outras alterações positivas incluíram a diminuição dos níveis de HbA1c, indicando melhor controle glicêmico, e a redução dos níveis médios de proteína C-reativa (PCR), sugerindo uma diminuição da inflamação.

O Dr. Daniel Lyons, investigador principal do estudo, destacou o potencial da semaglutida não apenas na promoção da perda de peso, mas também na redução da frequência de surtos de HS, contribuindo para as notáveis melhorias na qualidade de vida dos pacientes. Os resultados são encorajadores e podem representar um avanço significativo no tratamento da HS. No entanto, são necessários ensaios clínicos randomizados maiores para validar essas descobertas e explorar plenamente o potencial terapêutico da semaglutida para pacientes com HS.

Este estudo é um exemplo de como a pesquisa médica continua a buscar soluções inovadoras para condições crônicas, oferecendo esperança para aqueles que vivem com doenças debilitantes. A possibilidade de um medicamento inicialmente desenvolvido para tratar a obesidade e o diabetes tipo 2 também beneficiar pacientes com condições de pele crônicas é uma perspectiva empolgante e destaca a importância da pesquisa interdisciplinar na medicina moderna.

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