Pesquisadores de três faculdades da USP em Ribeirão Preto publicaram estudos sobre a ação do “hormônio do bom-humor” nos casos de infecção grave
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sepse, também conhecida como infecção generalizada, atinge de 15 a 17 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. Segundo o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), são 600 mil casos registrados no Brasil, país onde a taxa de mortalidade chega a 65%, enquanto a média mundial é de 30% a 40%.
Por essa razão, a doença é considerada um grande desafio para pesquisadores e profissionais de saúde. No entanto, um enorme passo foi dado por pesquisadores das faculdades de Odontologia (FORP), Medicina (FMRP) e da Escola de Enfermagem (EERP), todas da USP, em Ribeirão Preto. Eles publicaram recentemente resultados de um estudo que descreve, pela primeira vez, que a serotonina, aquele mesmo que é conhecido como hormônio do bom-humor, participa da defesa do organismo, nos casos de inflamação sistêmica severa, como a que ocorre na sepse.
O professor Luiz Guilherme de Siqueira Branco (FORP) afirma que a serotonina no organismo tem ação marcada no sistema nervoso central e que é usada como alvo de medicamentos importantes da indústria farmacêutica: “Nós sabíamos que ela era importante para regular sono, alterações da temperatura e de humor”.
A inflamação é um elo comum entre várias doenças, como pressão arterial, obesidade, síndrome metabólica, entre outras. Para o professor, os resultados obtidos lançam novas perguntas que farão parte de projetos futuros, uma dessas perguntas é como a serotonina é capaz de mediar o estado inflamatório em outros modelos de inflamação.
A pesquisa, financiada pela Fapesp, foi publicada na Revista Comportamento e Imunidade Cerebral, com destaque do editorial assinado pelo pesquisador alemão Christoph Rummel, que cita o potencial translacional do estudo dos brasileiros, ou seja, a possibilidade de aplicação prática do conhecimento adquirido.
Editorias: Atualidades, Campus Ribeirão Preto - URL Curta: jornal.usp.br/?p=285418
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