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Em meio ao alerta sobre o risco de retorno de algumas doenças e do baixo índice na cobertura vacinal de crianças no país, em São Paulo, farmácias e drogarias vão passar a integrar a rede de locais para vacinação. A novidade foi divulgada no início do mês e, com esta medida, os paulistas terão mais uma opção de atendimento que amplia o acesso à vacinação.  

Foi uma parceria entre a Prefeitura de São Paulo, o Conselho Regional de Farmácia (CRF-SP) e a Associação Brasileira Redes Farmácias Drogaria (Abrafarma) que viabilizou o projeto. Em seguida o Ministério da Saúde aprovou e será o responsável por coordenar o Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES), liberando o licenciamento sanitário dos serviços de vacinação nessas unidades.

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A capital já conta com a lei municipal nº 16.739/2017 que regulamenta a vacinação nesses estabelecimentos. As farmácias e drogarias interessadas em aplicar vacinas terão que se inscrever para buscar o licenciamento. Diferente do que muitos pensam, essa não é uma novidade exclusiva da capital paulista. No final de 2017, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a resolução que permite que qualquer estabelecimento de saúde faça vacinações.

Em nota, a Anvisa informou que a norma dá ao setor regulado mais clareza e segurança jurídica quanto aos requisitos que devem ser seguidos em todo o território nacional. Além disso, as vigilâncias sanitárias das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde poderão exercer a fiscalização a partir de norma mais objetiva e uniforme. Ainda segundo a Anvisa, deve haver uma identificação clara dos locais que oferecem a vacinação de acordo com os requisitos de qualidade e segurança exigidos.

As regras para que um estabelecimento possa aplicar vacinas é rigorosa e entre elas se encontram: em cada local é obrigatório a designação de um responsável técnico e a contratação de profissionais habilitados para aplicar as doses de imunização. As instalações precisam ser adequadas e seguir parâmetros estabelecidos nas normas do setor, como ambiente refrigerado para armazenar as vacinas e cuidados no transporte dos materiais para não prejudicar a qualidade.

Na opinião da farmacêutica Lorena Souza da Silva, essa é uma decisão muito importante, pois será um ganho para a população e, consequentemente, para a saúde em geral. “A vacinação nas farmácias é de extrema importância. Os postos saúde existem em menor quantidade, o que ocasiona, muitas vezes, filas que desestimulam a população. Logo, sendo realizada a vacinação em farmácias, o acesso a esse serviço será mais fácil”, assegurou a docente na área da Atenção Farmacêutica e Farmácia Clínica.

Para Lorena, o projeto de São Paulo vai evitar que doenças que já se encontram erradicadas apareçam novamente, além de prevenir outras patologias. “As farmácias estão distribuídas em toda região, isso facilita o acesso da população, sem falar que as orientações ofertadas pelos profissionais farmacêuticos são bastante relevantes para o esclarecimento das pessoas”, defende.

Mesmo a medida sendo considerada um grande avanço na opinião dos especialistas, alguns cuidados devem ser levados em consideração. “É necessário que a farmácia disponha de uma sala contendo todo material que será utilizado, o profissional farmacêutico que irá administrar deve estar utilizando os equipamentos de proteção individual, devendo ser guiado por um procedimento operacional padrão para administração de vacinas. E o farmacêutico deverá fazer a orientação adequada e esclarecer todas as possíveis dúvidas do indivíduo”, pontuou.

Saiba como se proteger de epidemias que voltaram a ameaçar o pais:

  • Sarampo

Como a vacina deve ser tomada – A primeira dose aos 12 meses de vida e, a segunda, aos 15 meses.

Adultos devem se vacinar? – Sim. Quem não tomou as duas doses na infância deve tomá-las agora, com intervalo mínimo de um mês. Quem tem 49 anos ou mais não precisa.

  • Poliomielite

Como a vacina deve ser tomada? – Em três doses, aos 2, 4 e 6 meses de vida. Há reforços aos 15 meses e aos 4 anos. Todas as crianças de até 5 anos devem estar vacinadas

Adultos devem se vacinar? – Não é necessário.

  • Difteria

Como a vacina deve ser tomada? – A vacina pentavalente é dada em três doses, aos 2, 4 e 6 meses de vida. Há reforços aos 15 meses e aos 4 anos.

Adultos devem se vacinar? – Sim. Quem não se vacinou na infância deve completar o esquema, pelo SUS. E grávidas devem tomar uma dose a partir da 20ª semana de gestação, também disponibilizada na rede pública.

  • Hepatite A

Como a vacina deve ser tomada? – Uma dose aos 15 meses de vida

Adultos devem se vacinar? – Sim, em dose única em qualquer momento da vida 

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