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Valor Econômico

Jornalista: Ediane Tiago

 

 

A transformação digital tem permitido a inovação na saúde e melhorado as chances de cura. Recursos de imagens, combinados à computação e à experiência médica, possibilitam criar procedimentos cada vez menos invasivos para tratar doenças complexas como o câncer.

Em Rochester, cidade do Estado de Nova York (EUA), a Mayo Clinic - organização sem fins lucrativos comprometida em inovar na prática clínica - aposta na integração de equipamentos para oferecer terapias modernas, reduzir riscos para o paciente e, de quebra, diminuir os custos para as instituições. “Não adianta ter os melhores equipamentos do mercado se não desenvolvermos técnicas que explorem o potencial deles”, explica Matthew Callstrom, médico e presidente do departamento de radiologia da Mayo Clinic.


Entre as técnicas, Callstrom destaca o uso integrado de equipamentos de fluoroscopia (que permitem exames de imagem em tempo real), tomografia computadorizada e recursos de ressonância magnética em procedimentos como o de ablação tumoral, no qual se utilizam agulhas para chegar até os nódulos e destruir tecidos cancerígenos - com aplicação de agentes químicos, físicos ou térmicos.

A técnica tem sido empregada para tratar órgãos como rins, fígado e pulmão. “Ao colocar todos os equipamentos no mesmo espaço físico, aumentamos a eficiência no procedimento e melhoramos a capacidade para medir os resultados”, afirma o médico. Como a remoção do tumor é feita sem cirurgia, os custos para o sistema de saúde são três vezes menores. “Se contabilizarmos a recuperação rápida e o conforto do paciente, os ganhos se multiplicam”, diz.


Para Callstrom, a integração dos equipamentos também está no cerne da adoção das tecnologias de internet das coisas (IoT) e de inteligência artificial (IA) nas instituições de saúde. “Além de combinar recursos para o tratamento, é preciso capturar, armazenar e organizar os dados gerados pelas máquinas”, diz.

A combinação entre IA e IoT, explica, permite melhorar o desempenho operacional - utilizando ao máximo os sensores instalados nos equipamentos -, além de abastecer os bancos de dados que vão alimentar os sistemas de IA. Os impactos serão sentidos na gestão da instituição e na capacidade de inovação. “As informações serão a base para encontrar a terapia ideal para cada paciente”, diz Callstrom.

 

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