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Grupos de investidores nacionais estão surgindo e começando a investir no segmento de saúde - Monkey Business Images/Shutterstock.com
Grupos de investidores nacionais estão surgindo e começando a investir no segmento

Por Lexis 360

A movimentação de aquisições no setor hospitalar está mais esparsa do que concentrada no Brasil. Fugir dos grandes centros e apostar em deals no interior do país tem sido uma estratégia adotada pelos conglomerados hospitalares que buscam novos ativos na área de saúde. 

Especialistas consultados pelo Lexis 360 acreditam que 2018 será um ano de consolidação na área de fusões e aquisições de hospitais, clínicas e ativos afins. Segundo Elysangela de Oliveira Rabelo, sócia da área de life sciences do TozziniFreire Advogados, existem diversos ativos que estão tentando se preparar para esse movimento. 

“Será um ano de consolidação para o mercado, que pode acontecer muito mais por investidores estratégicos do que pelos fundos de private equity”, aposta. A advogada afirmou que os grandes fundos têm um número para investimentos que não é compatível com o tamanho dos ativos que estão disponíveis para venda. 

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Uma mudança na legislação em janeiro de 2015 – promulgação da Lei 13.097/2015 que permite a participação direta ou indireta, inclusive o controle, de empresas ou de capital estrangeiro na área de saúde – impulsionou a busca de grandes hospitais tradicionais do país por ativos no setor. No entanto, isso não significou a entrada considerável de grupos estrangeiros no mercado. 

O que, de fato, emperrou a entrada dos fundos de private equity foi o tamanho e a qualidade dos ativos. Viktor Andrade, head de M&A da Ernest Young (EY) no Brasil, tem observado que, nos últimos anos, esses fundos não compraram hospital algum, porque a expectativa de preço referenciada pelos donos dos hospitais era bastante alta, e os investidores, fazendo se valer da escassez de capital e da crise econômica, queriam pagar menos do que o ativo valia. 

Diante dessa expectativa díspar entre o vendedor e o comprador, algumas operações não foram concluídas. “Não estamos vendo tantas transações quanto se esperava, mas asseguro que elas estão sendo discutidas intensamente. Nossos clientes e investidores têm interesse e estão ativos para fazer aquisições”, afirmou Andrade. 

Maturação e complexidade

Grupos de investidores nacionais estão surgindo e começando a investir no segmento de saúde. De acordo com o executivo da EY, eles estão enxergando o vácuo que os fundos de private equity estão deixando e tentando formar novas redes. 

Complexidade é outro fator que marca o segmento. As operações de M&A na área hospitalar podem ser mais complexas, sob o ponto de vista legal, por apresentarem estruturas societárias mais intrincadas. 

“Muitas vezes, envolvem entidades filantrópicas, grande número de sócios que exige um processo estruturado de negociação, mecanismos alternativos de contratação de pessoal que geram maior risco trabalhista e uma enorme variedade de licenças e certificações exigidas para a operação de um empreendimento hospitalar”, detalhou a sócia do TozziniFreire. 

A maturação do processo também não é tão rápida. Conforme Edgar da Costa, diretor da consultoria PTrus, negócios de M&A na área hospitalar levam de um a dois anos para serem concluídos. “Em fevereiro, vou assinar três contratos que começaram a ser desenvolvidos no segundo semestre de 2017”, exemplificou. 

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