Você sabia que é possível testar medicamentos e cosméticos sem usar animais?
Essa é a proposta da Crop, uma startup que oferece soluções inovadoras e éticas para o setor de saúde e beleza. A Crop foi fundada em 2020 por dois biotecnólogos formados pela Universidade Estadual Paulista (Unesp): Aruã Prudenciatti e Lucas Ribeiro. Eles decidiram criar um laboratório em Botucatu, no interior de São Paulo, para realizar testes in vitro, ou seja, usando células humanas isoladas. As informações são da Pequenas Empresas & Grandes Negócios.
Essas células são provenientes de diversos órgãos do corpo humano, como rim, fígado e pele. Ao serem replicadas em laboratório, elas formam um "mini órgão" que recebe o produto a ser testado. Assim, é possível avaliar a segurança e a eficácia de medicamentos e cosméticos sem causar sofrimento aos animais.
Essa prática é não só mais ética, mas também mais econômica e precisa. Segundo Prudenciatti, muitas empresas brasileiras tinham que contratar laboratórios estrangeiros e pagar em dólar para fazer testes sem animais. Além disso, os resultados obtidos com células humanas são mais confiáveis do que os obtidos com animais, que podem ter reações diferentes.
A Crop já tem um portfólio diversificado de produtos testados, que inclui analgésicos, remédios de uso contínuo e hidratantes corporais. A empresa também se dedicou a testar produtos contra a Covid-19 durante a pandemia. Em 2022, a startup faturou R$ 2 milhões com seus serviços e espera crescer 80% neste ano.
A demanda por testes sem animais tende a aumentar, pois o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) proibiu o teste de cosméticos e produtos de higiene pessoal por meio de animais neste ano. A Crop está preparada para atender esse mercado e contribuir para uma ciência mais humana e sustentável.
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