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Ted Horowitz_Guettyimages - Startup de biologia sintética busca inovação no emprego de micróbios

 

 

Saiba o que faz a Melonfrost, uma startup de inovação biológica que utiliza micróbios em escala para tudo, de alimentos e energia a terapias e materiais sintéticos

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John Cumbers

 

O avô de Sam Levin era um produtor de batata de quinta geração no oeste de Massachusetts (EUA), lutando para competir com a queda dos preços da batata nas fazendas industriais no meio-oeste. Depois de tentar cultivar várias outras safras, um punhado de sementes de melão contrabandeadas de Porto Rico pareceu funcionar, prosperando no solo arenoso da região. Esses melões estavam quase maduros para a colheita, até que uma geada acabou com tudo – assim diz a lenda da família.

Levin agora é CEO e cofundador da Melonfrost, uma startup de inovação, com sede no Brooklyn, que combina seu software e hardware proprietários para conduzir a evolução em um circuito fechado automatizado. A tecnologia visa a fornecer um novo método para projetar e produzir novos micróbios em escala para tudo, de alimentos e energia até terapias e materiais sintéticos – tudo parte não de engenharia ou construção do futuro, mas sim de seu cultivo. “Para nós, trata-se de não ficar totalmente à mercê de desastres como a geada, mas de metaforicamente sermos capazes de fazer melões resistentes à geada para qualquer que seja o uso desejado”, explica ele.

Várias ferramentas para cultivar micróbios com características específicas para usos desejados foram historicamente limitadas pela capacidade de escala – criando um gargalo para passar de uma cepa editada para uma comercializada – com muitos métodos para fazer isso, dependendo de suposições relativamente caras e um tanto brutas. Como as abordagens do tipo “e-verificação”, geralmente baseadas em mutações em uma sequência genética. Em vez disso, a recente rodada inicial de US$ 7 milhões (cerca de R$ 36 milhões) da Melonfrost, co-liderada pela Refactor Capital e a Alexandria Venture Investments, apoia a tese de que “a evolução é e ainda será, por muito tempo, o melhor designer de organismos”, como Levin coloca.

No centro desse foco na seleção do fenótipo estão o hardware Evolution Reactor da Melonfrost e o Maia, sua plataforma de software proprietária. Maia é um conjunto de algoritmos de aprendizado de máquina que aprendem como os organismos evoluem – com relação a diferentes pressões de seleção e condições ambientais relacionadas a fenótipos medidos – e retornam iterativamente um conjunto de instruções na forma de novas pressões de seleção para continuar a evoluir um desejado conjunto de características, seja de rendimento ou resistência ao frio, por exemplo. Esses dados de entrada e saída conectam Maia ao Evolution Reactor, o aparelho para controlar, medir e aplicar individualmente essas pressões de seleção codificadas para cultivar milhares de populações microbianas independentes em trajetórias evolutivas paralelas.

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