Startup faz xampu com ajuda de algoritmo

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por Giovanna Wolf

O Estado de S.Paulo

18/12/19 - Toda pessoa tem algo de próprio, um charme especial. É nessa máxima que se baseia a startup brasileira Meu Q, que lançou em novembro um serviço digital que oferece a venda personalizada de produtos para cabelo. No site da startup, o cliente preenche um formulário descrevendo seu tipo de cabelo e preferências. Com as informações, a plataforma de inteligência artificial escolhe a receita correta do produto.

Quem está por trás da criação da Meu Q é Pedro Nunes, filho de Wanderley Nunes – o “cabeleireiro de celebridades” que comanda o famoso Studio W. “Sempre acompanhei de perto esse mercado, porque praticamente nasci dentro do salão”, conta o cofundador da startup. “Como meu pai trabalhava muito de fim de semana, eu e minha irmã passávamos muito tempo lá quando crianças”, lembra.

Voltar-se às madeixas alheias, porém, não foi sua primeira opção. Antes da Meu Q, Pedro foi piloto profissional de corridas e chegou a apostar em dois negócios digitais: uma startup de educação e um “Uber de manicures”. Com a Meu Q, que tem ainda Lucas Barchetta e Dimitri Ribeiro como sócios, ele pretende resolver um problema do mercado capilar. “Hoje, quando você vai comprar um xampu ou condicionador, os produtos são colocados em categorias específicas, mas cada pessoa tem preferências e necessidades diferentes.”

Por enquanto, a startup oferece a venda de três produtos avulsos por meio de seu site. Um frasco com 250 ml de xampu sai por R$ 72, enquanto a mesma quantidade de condicionador é vendida a R$ 86. Há ainda o “leave-in”, uma espécie de creme que pode ser usado sem enxágue, por R$ 45. Os consumidores podem ainda optar por planos de assinatura mensal, em kits com xampu e condicionador (R$ 144) ou a linha completa (R$ 179).

Fórmula

Segundo Pedro Nunes, mais de 35 ingredientes são utilizados pela startup para chegar à receita ideal para cada usuário – entre eles óleo de coco, extrato de oliva e proteína de arroz. A proporção de cada um deles nas fórmulas é determinada por um algoritmo, desenvolvido durante dois anos. Já a fabricação dos produtos é feita por uma parceira terceirizada. Com apenas dez funcionários, a startup foca por enquanto no público feminino.
Além das pesquisas próprias, a startup conta ainda com o salão de Wanderley Nunes como laboratório.“Meu pai sempre me apoiou durante a construção da Meu Q”, afirma Pedro.
Apesar de ser um negócio online, a presença física também faz parte da estratégia da empresa, que estuda abrir pontos de venda no futuro.
“É importante que os clientes sintam as fragrâncias”, afirma o fundador da Meu Q.
Em 2020, a startup também deve aumentar seu portfólio.

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