Ryan Pandya e Perumal Gandhi são co-fundadores de uma startup norte-americana chamada Perfect Day, cuja ideia inovadora foi produzir lácteos sem a ajuda das vacas.
A Perfect Day, cujo nome vem de um estudo que concluiu que as vacas produzem mais leite quando escutam músicas lentas como “Perfect Day”, de Lou Reed, usa um processo chamado fermentação microbiana. O processo cria todas as proteínas que existem no leite usando levedura.
A proteína livre de animal da Perfect Day é a mesma encontrada no leite de vaca, com o mesmo sabor e textura. Embora ainda não esteja nas prateleiras dos supermercados, o modelo business-to-business da startup fará parceria com os fabricantes para produzir lácteos. O relato é da ONU Meio Ambiente.
Ryan Pandya e Perumal Gandhi são co-fundadores de uma startup norte-americana chamada Perfect Day, cuja ideia inovadora foi produzir lácteos sem a ajuda das vacas.
A Perfect Day, cujo nome vem de um estudo que concluiu que as vacas produzem mais leite quando escutam músicas lentas como “Perfect Day”, de Lou Reed, usa um processo chamado fermentação microbiana. O processo cria todas as proteínas que existem no leite usando levedura.
Ambos com menos de 30 anos, os co-fundadores da empresa acreditaram o suficiente na ideia para transformá-la em realidade. A história deles é tanto de perseverança quanto de inspiração.
A combinação perfeita
Os dois co-fundadores têm histórias paralelas, ambos inspirados pelos impactos destrutivos associados à produção de carne. Eles se tornaram vegetarianos na faculdade.
Então eles notaram que suas dietas dependiam muito de produtos lácteos. Embora gostassem de queijo, estavam cada vez mais conscientes das implicações ambientais de sua produção em massa. Deveria haver alguma maneira de criar alternativas aos produtos lácteos.
Como voluntários da New Harvest, um instituto de pesquisa e organização sem fins lucrativos que apoia a agricultura celular, eles discutiram separadamente ideias para a produção de leite em cultura celular com o diretor-executivo da entidade, Isha Datar.
Percebendo a semelhança de pensamento dos dois jovens, Datar apresentou o duo online e os encorajou a se candidatar à oportunidade perfeita: um acelerador de biotecnologia na Irlanda.
E, assim, embora o trio nunca tivesse se encontrado antes, eles se candidataram ao acelerador e receberam 30 mil dólares em financiamento inicial e espaço de laboratório para o verão. Sua jornada de negócios havia começado oficialmente.
Produzindo um novo tipo de produto lácteo
A proteína livre de animal da Perfect Day é a mesma encontrada no leite de vaca, com o mesmo sabor e textura. Embora ainda não esteja nas prateleiras dos supermercados, o modelo business-to-business da startup fará parceria com os fabricantes para produzir lácteos.
Nos últimos quatro anos e meio, Pandya e Gandhi trabalharam vigorosamente para colocar sua produção nas prateleiras. Eles dizem que, embora seus produtos tenham gosto de laticínios tradicionais, não contêm hormônios, antibióticos, corantes e sabores artificiais. São ricos em proteínas, não têm lactose e uma vida útil longa.
Seu foco atual é criar parcerias com empresas de alimentos. Eles também estão aproveitando a flexibilidade de sua tecnologia, que pode ser produzida em qualquer lugar onde eles tenham um tanque de produção de cerveja e uma fonte de energia.
Pandya e Gandhi são motivados pela perspectiva de fornecer uma alternativa aos laticínios de vacas. Mas eles ainda estão refinando sua tecnologia e pretendem lançar seu novo produto nos próximos dois anos, inicialmente nos Estados Unidos e depois expandindo para outros mercados.
Eles acreditam no valor de se criar uma cadeia de suprimentos sustentável, na qual os lucros e os valores da empresa não precisam ser mutuamente exclusivos. No futuro, eles acreditam que a criação de produtos lácteos a partir de leveduras e técnicas de fermentação pode reduzir significativamente o impacto ambiental da produção de leite.
“Ninguém pode resolver todos os problemas, todos nós precisamos fazer a nossa parte onde pudermos”, disse a dupla. Ainda há obstáculos no caminho – por exemplo, garantir financiamento para levar o produto para o próximo estágio antes de se tornar disponível para o público.
Embora ainda nas fases iniciais, a startup espera que sua proteína irá competir no custo com a indústria de laticínios no futuro próximo.
James Lomax, diretor de gestão de sistemas alimentares e programas de agricultura da ONU Meio Ambiente, disse: “encontrar alternativas para as proteínas animais que emitam menos gases de efeito estufa é benéfico para os consumidores e para o planeta”.
“Contanto que os agricultores que produzem leite de vaca não sejam esquecidos, soluções empresariais como essa são essenciais em nossa resposta a tais desafios, à medida que avançamos em direção a sistemas alimentares mais sustentáveis.”
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