Startup que cura a calvície já vale 12 bilhões de dólares
Sumamed é a mais valiosa de uma crescente constelação de startups focadas em revolucionários tratamentos de saúde
Startups focadas em revolucionários tratamentos de saúde deixaram de ser novidade em países como Estados Unidos, Reino Unido e Israel. Mas sua capacidade de atrair centenas de milhões de dólares continua surpreendendo. No primeiro semestre, startups de saúde levantaram o valor recorde de 15 bilhões de dólares, segundo a revista Forbes.
Nesta segunda-feira, a Samumed, uma companhia de biotecnologia levantou uma nova rodada de 438 milhões de dólares, levantou seu valor de mercado para 12 bilhões de dólares (algo como 45 bilhões de reais), segundo o site Business Insider. É quase o valor de mercado de duas das maiores varejistas brasileiras somadas: Renner e Magazine Luiza.
style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="1871484486">A Samumed já levantou 650 milhões de dólares desde sua fundação, em 2008. É mais que a mais valiosa startup brasileira, a empresa de pagamentos Nubank, que em cinco anos de existência levantou cerca de 527 milhões de dólares.
“Agradecemos o grande apoio de nossos investidores”, disse em comunicado o presidente da companhia, Osman Kibar. “Estamos numa posição privilegiada de levar nossos projetos antigos para comercialização e também de expandir nosso portfólio de testes clínicos em estágio inicial”. Kibar é turco tem Ph.D em ciência na Universidade da Califórnia e criou a Samumed num projeto de incubação da fabricante de medicamentos Pfizer.
A Samumed desenvolve tratamentos para a regeneração de cabelo, pele, ossos e juntas. A empresa tem tratamentos experimentais para reverter as características relacionadas ao envelhecimento, com o crescimento de cabelo, redução de olheiras e regeneração de cartilagem e de osteoporose. Segundo a Samumed, isso é feito com proteínas que ajudam no desenvolvimento de células com alto poder de auto-regeneração, que por uma série de motivos vão perdendo eficácia com o envelhecimento.
style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="1871484486">A companhia tem sete testes clínicos em andamento, dos quais dois estão prontos para os testes em consumidores – um para tratar a calvície, e outro para osteoporose. Segundo seu site, a empresa “adota uma nova abordagem para o negócio de ciências da vida, combinando e balanceando prioridades médicas, eficiência fiscal e responsabilidade social”.
Mercado aquecido
O mercado de startups de saúde ganhou as manchetes na imprensa americana por um motivo inglório. A Theranos, companhia que prometia um revolucionário exame clínico com uma gota de sangue se provou uma farsa, levando sua fundadora, Elizabeth Holmes ao posto de empreendedora mais odiada do Vale do Silício. Ela responde a processo e pode ser condenada a 20 anos de prisão.
O caso aumentou o escrutínio sobre as empresas de saúde que prometem revolucionar o setor com novas tecnologias. Mas não parou a roda da história. Saúde e biotecnologia continuam sendo dois dos mais aquecidos mercados de tecnologia americanos.
style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="1871484486">Entre os negócios tidos como mais promissores estão a Tempus, fundada em 2015 pelo fundador do site de compras coletivas Groupon, Eric Lefkofsky. A empresa promete usar dados genéticos e clínicos para melhorar os tratamentos de câncer. A Rani Therapeutics pesquisa formas de transformar em comprimidos drogas injetáveis para pacientes com doenças crônicas, como a insulina. Cada umas das empresas vale estimados 1 bilhão de dólares.
No Brasil, o mercado de saúde também passa por uma transformação, mas com a maior parte das empresas novatas focadas em permitir mais acesso a consultas e tratamentos. Entre as tecnologicamente mais inovadoras está a MedRoom, incubada no hospital Albert Einstein, que faz projetos 3D e permite a estudantes de medicina “entrar” nos corpos.
Pesquisas e tratamentos revolucionários seguem fora de nosso dia-a-dia. Assim como uma startup avaliada em 12 bilhões de dólares.
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