A SteinCares anuncia acordo de licenciamento com a Sandoz para comercializar e distribuir o portfólio de produtos de saúde de alta qualidade da empresa farmacêutica para pacientes na Colômbia. Informou a pharmaphorum.
Por mais de 40 anos, a SteinCares, fundada na Costa Rica, especializou-se na comercialização e distribuição de produtos de saúde especializados em toda a América Latina, incluindo produtos farmacêuticos inovadores, biossimilares e genéricos complexos.
Após um investimento direto de capital da Corporação Financeira Internacional (IFC), membro do Grupo Banco Mundial, este último acordo com a Sandoz busca sinergia dos portfólios de ambas as empresas para gerar valor agregado para os pacientes colombianos e para o sistema de saúde.
A SteinCares serve como uma ponte entre empresas farmacêuticas e provedores regionais de bem-estar, com presença em mais de 30 países na América Latina e no Caribe. Primeira empresa a comercializar biossimilares na América Central e no Equador, o portfólio atual da SteinCare conta com mais de 500 produtos nos países em que atende, inclusive para as áreas terapêuticas de gastroenterologia, doenças órfãs, reumatologia, doenças infecciosas e nefrologia.
Uma jornada de crescimento para fornecer cuidados de saúde econômicos para os pacientes
Em vigor desde 1 de julho de 2023, o acordo de licenciamento com a Sandoz melhora a posição da SteinCares no mercado latino-americano. A Colômbia agora se torna a subsidiária líder dentro do grupo, posicionando a SteinCares para alcançar mais de US$ 50 milhões em vendas no país até o próximo ano, enquanto impulsiona o crescimento da Sandoz na região em áreas terapêuticas como hematologia, sistema nervoso central (SNC) e oncologia.
Tem sido uma jornada de crescimento considerável para o Grupo Stein Holding. E o diretor de estratégia da SteinCare, Sebastian Katz, que tem cerca de 25 anos de experiência na indústria farmacêutica, ingressou na empresa em 2016, inicialmente como chefe de desenvolvimento de negócios, orientando-a para a comercialização.
"O que fizemos, de 2016 para cá, foi adicionar mais produtos ao nosso portfólio, produtos complexos, produtos inovadores", disse Katz. "Trouxemos uma economia enorme para os sistemas de saúde da nossa região. Também trouxemos genéricos complexos e medicamentos órfãos."
"Então, nesse processo, nós também espalhamos", continuou. "Geograficamente, crescemos nossa presença na América Latina de alguns países da América Central para agora, em toda a América Latina [...] Eu diria que crescemos nossas vendas quatro vezes [de] 2016 para agora [e] 80% de nossas vendas vêm de produtos que lançamos nos últimos cinco anos. Isso diz um pouco sobre a reviravolta na carteira."
"Devido às [nossas] credenciais de sermos os primeiros a comercializar muitos biossimilares e produtos genéricos, fomos selecionados pela Sandoz para fazer essa transação na Colômbia", explicou. "Eles decidiram licenciar todo o seu portfólio [e o] mercado da Colômbia é um mercado competitivo; É muito interessante e muito lógico para a gente ter essa transação."
A importância para a América Latina e seus pacientes
Katz explicou que a América Latina é "um território muito subassistido" quando se trata de produtos farmacêuticos, já que as condições econômicas e o mercado fragmentado são difíceis de navegar para as empresas.
"A América Latina são cerca de 30 países, todos com sistemas de saúde diferentes, dinâmicas diferentes, estruturas diferentes", disse. "Você tem que registrar seus produtos em cada um desses países. Não há reconhecimento mútuo de nada. Não é como a Europa, e não há um procedimento centralizado para nada. Isso implica muito esforço por um território fragmentado e instável do ponto de vista econômico. Quando você junta tudo isso, o resultado é que não são muitas ou nem todas as empresas farmacêuticas vêm para a América Latina."
"Nossa missão, nosso propósito é fazer a ponte entre essas empresas e o mercado latino-americano, com seus pacientes e com seus sistemas de saúde, e trazer inovação e trazer essas oportunidades para nossos mercados", continuou Katz. "São os mercados onde nascemos, onde atuamos e onde temos todas as nossas operações no dia a dia. Não somos subsidiárias de uma empresa europeia ou de uma empresa americana."
"O mercado de saúde na Colômbia é atendido, não por meio de um sistema nacional de seguridade social, mas para diferentes atores privados [...] chamado EPS", explicou Katz. "O que fazemos, e acho que uma das coisas que fazemos bem, é tentar chegar aos pacientes com a proposta de valor certa em termos do que eles precisam. Ajudamos as associações de pacientes. No momento, estamos em contato próximo com uma associação de pacientes em artrite reumatoide."
"Queremos ser a opção para empresas que podem ver a América Latina como um lugar complicado", concluiu Katz. "Queremos trazer a possibilidade para eles, com a proposta de valor, com uma solução de balcão único para eles facilitarem a vida deles. Também, por outro lado, poder levar esses produtos para os pacientes latino-americanos e para os sistemas de saúde latino-americanos. Para nós, esse é o propósito da nossa empresa. Essa é a nossa missão."
"Esta transação com a Sandoz é uma parte lógica de nossa estratégia de expansão", disse ele. "Somos muito gratos à Sandoz e a todos os nossos outros parceiros."
Brasil
A SteinCares anunciou no primeiro semestre Júlio Avella como Country Manager Brazil e Head de Doenças Raras que com quase três décadas de experiência na indústria farmacêutica, assume o desafio de liderar as operações e times comerciais no Brasil, e buscará ativar o reembolso por múltiplas terapias para doenças raras, imunologia e medicamentos de alta complexidade.
A empresa tem buscado mercados de alto potencial, como Brasil e México, com objetivo de melhorar o acesso à saúde e apoiar o bem-estar das pessoas.
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