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Foto: Thinkstock

Ao analisar a população sueca por 10 anos, pesquisa afirma que ter colegas de trabalho com habilidades que te complementam aumenta as chances de sucesso

ÉPOCA NEGÓCIOS

Um estudo publicado mês passado na revista Science Advances revelou um dos segredos para se construir um time de sucesso nas empresas: diversidade. Segundo a pesquisa, ter funcionários com habilidades complementares e diferentes aumenta o desempenho da equipe. Ao longo do tempo, os salários dos funcionários que integram essas equipes também aumentam mais do que a média de trabalhadores com habilidades semelhantes.

“O valor do que uma pessoa sabe depende de com quem ela trabalha,” diz o resumo do estudo. “Ter colegas com as mesmas qualificações que as suas pode custar caro.”

O estudo analisou toda a população de trabalhadores da Suécia — 9 milhões de pessoas — por 10 anos.

Segundo os pesquisadores, isso explica por que pessoas com a mesma formação podem receber salários completamente diferentes. O valor não depende só das habilidades de cada um, e sim de com quem se trabalha.

O artigo afirma que conhecimento técnico e científico da humanidade superou a capacidade de um único indivíduo e, portanto, as pessoas precisam se unir para aplicar este conhecimento de forma prática. Os pesquisadores fazem uma comparação com um ecossistema na natureza: “a capacidade de sobrevivência de um organismo precisa sempre ser vista no contexto de suas relações com outros organismos no sistema.”

“Muito das habilidades altamente especializadas que adquirimos hoje em dia seriam inúteis, ou pelo menos desprovidas de valor, se não fossem acompanhadas de outras pessoas se especializando em habilidades complementares,” escreveram.

Como exemplo, os pesquisadores citam o caso de um médico anestesista: é um indivíduo extremamente especializado, mas que precisa de uma equipe de cirurgiões para que sua função seja útil. Os cirurgiões, por sua vez, também não podem trabalhar sem as habilidades do anestesista.

O próprio estudo, no entanto, admite certas limitações. Na discussão, os pesquisadores afirmam que é necessário avaliar se esta relação existe em outros países além da Suécia. Eles também dizem que o estudo se limita apenas a habilidades formais comprovadas com diplomas, então não leva em conta outras habilidades que os trabalhadores possam ter adquirido de maneira informal.

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Joni Mengaldo

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