A Takeda Pharmaceutical está perto de vender ativos em mercados emergentes e na Europa Ocidental, disseram pessoas a par do assunto, uma medida que ajudaria a farmacêutica japonesa a reduzir seu endividamento.
A Takeda pode anunciar a venda de negócios de medicamentos com e sem receita médica na América Latina, Oriente Médio, África, Rússia e Ásia já nas próximas semanas, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas porque o assunto é confidencial. Uma venda desses negócios, que a Takeda adquiriu com a compra da rival suíça Nycomed em 2011, pode render cerca de US$ 3 bilhões no total, segundo reportagem da Bloomberg News em janeiro.
A empresa pode decidir vender os produtos para diferentes investidores por região geográfica, disseram as pessoas. A Acino International, financiada pelas empresas Nordic Capital e Avista Capital Partners, e a Stada Arzneimittel AG, controlada pela Cinven e Bain Capital, estão entre os interessados em diferentes ativos, disseram as pessoas. Outras empresas que demonstraram interesse em alguns dos ativos incluem a EMS SA e União Química Farmacêutica Nacional SA, disseram as fontes.
Uma venda separada da Takeda dos negócios de medicamentos de venda livre e com receita médica na Europa Ocidental atraiu o interesse de empresas de private equity como a Advent International, dona da farmacêutica Zentiva, bem como da Apollo Global Management e da Cerberus Capital Management, disseram as pessoas. Os ativos podem ser avaliados em cerca de 1 bilhão de euros (US$ 1,1 bilhão), disseram pessoas com conhecimento do assunto em outubro.
A venda de ativos ajudaria a Takeda a reduzir a dívida e simplificar seu portfólio após a aquisição da Shire, por US$ 62 bilhões. A empresa com sede em Tóquio deseja vender todos os ativos não essenciais, fora do seu foco em gastroenterologia, oncologia, neurociência, doenças raras e terapias com plasma. A meta de desinvestimentos é de US$ 10 bilhões.
Em maio, a Takeda fechou um acordo para vender os negócios de medicamentos para doenças oculares à Novartis por US$ 5,3 bilhões. A farmacêutica disse em julho que está confiante de que pode reduzir sua relação dívida líquida/Ebitda em três a cinco anos.
As discussões estão em andamento e outros interessados ainda podem surgir, disseram as pessoas. Representantes da Takeda, Advent, Apollo, Cerberus, Stada, Acino, EMS e União Química não quiseram comentar.
–Com a colaboração de Tim Loh, Sarah Syed, Fabiola Moura, Kati Pohjanpalo, Lisa Du e Rachel Chang.
Para contatar o editor responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net
Repórteres da matéria original: Manuel Baigorri Hong Kong, mbaigorri@bloomberg.net;Dinesh Nair em Londres, dnair5@bloomberg.net;Cristiane Lucchesi em São Paulo, clucchesi5@bloomberg.net
Fonte: Fusões & Aquisições
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