A farmacêutica e cosmetóloga da Clínica Penchel, Juliana Coelho, explica que o tratamento consiste na aplicação de enzimas e proteínas sob ou abaixo da pele para o auxílio na aceleração de reações químicas que ajudam na absorção de gorduras corporais e faciais. “Por meio de microagulhas de quatro ou seis milímetros de comprimento são introduzidas pequenas quantidades de ativos, que são escolhidos em função de seus efeitos terapêuticos sobre o órgão alvo, próximo ao local da aplicação. O método tem como princípio básico a utilização mínima de substâncias químicas somente na área a ser tratada. Assim, ele não atinge ou afeta outros órgãos, proporciona uma forte ação seletiva e garante uma maior efetividade”, esclarece.
O uso da Intradermoterapia é muito diverso, sendo direcionado para o controle ou amenização de diversas queixas e disfunções que demandam tratamentos realizados localmente, como por exemplo, as enfermidades reumáticas e traumáticas, e as imperfeições estéticas.
Dependendo das necessidades do paciente e dos efeitos esperados para cada caso, as soluções empregadas no tratamento podem ser formadas pela combinação de vitaminas, minerais, enzimas, extratos de plantas, anestésicos, medicações alopáticas e aminoácidos. Segundo Juliana Coelho, o uso ordenado destas substâncias possui ação lipolítica, ou seja, atuam na eliminação de células adiposas e assim melhoram a circulação sanguínea. “Ao ser introduzido no paciente, esse conjunto de ativos age na quebra da gordura, a decompondo em micropartículas que podem ser absorvidas e metabolizadas pelo organismo”, elucida.
Com um mínimo potencial invasivo e praticamente indolor, esse tipo de terapia pode ser realizado em várias partes do corpo, como os glúteos, abdômen, coxas, braços e costas. “Por contribuírem para a eliminação, catalização e controle da presença da gordura no organismo, as enzimas têm sido muito procuradas para auxiliar no processo de emagrecimento, contorno corporal, melhora na qualidade de vida e aumento da eficácia dos resultados de atividades físicas”, ressalta.
Conforme Juliana, o número e a frequência das sessões irão depender da intensidade da patologia instalada e das respostas apresentadas pelo organismo de cada paciente. “Como regra geral, a nossa clínica efetua de 1 a 2 sessões semanais durante o período de tempo que for essencial para o resultado desejado para aquela queixa em específico. É preciso lembrar que não existe a necessidade de períodos de recuperação ou repouso”, comenta.
O principal benefício deste método é sua ação localizada e objetiva, pois, assim ela impede reações desagradáveis como as intoxicações hepáticas, distúrbios intestinais e renais, e lesões no estômago (gastrites e úlceras). “Sendo comum em tratamentos sistêmicos, ou seja, terapêuticas compostas pela ingestão de comprimidos e aplicações de injeções, estes efeitos indesejáveis acontecem devido ao fato de que tais substâncias são distribuídas por todo o corpo antes de atingirem o alvo do problema”, destaca.
Ainda que ofereça ótimos resultados, é necessário lembrar que os ganhos da técnica também dependem da adoção de uma alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos. “Além disso, é essencial advertir que o tratamento deve ser feito com o apoio de profissionais qualificados para que não ocorram erros ou surjam efeitos inesperados como a ocorrência de inflamações, alergias, infecções e alterações no contorno do corpo”, conclui.
Fonte: Ata News
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