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De acordo com a empresa, a Anvisa já emitiu autorização para a comercialização, pelo laboratório, de dois medicamentos

 

O Laboratório Teuto e a MediPharmLabsCorp, fabricante global de cannabis de grau farmacêutico, trabalham juntos para expandir o mercado de cannabis medicinal no Brasil. A notícia veio a público no dia 8 de janeiro, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já emitiu autorização para a comercialização, pelo Teuto, de dois medicamentos com base em canabidiol full spectrum.

“O Brasil exemplifica perfeitamente um grande mercado complexo, e somos muito afortunados por termos uma parceria de longo prazo com o Teuto", afirmou David Pidduck, CEO da MediPharmLabs.  O executivo acredita que, quanto mais elevado o nível regulatório e mais complexos e específicos os padrões de qualidade em um país, melhor é para a MediPharm.

A colaboração tem como objetivo ampliar a oferta de cannabis medicinal no Brasil, com foco em cuidados paliativos e tratamentos relacionados ao sistema nervoso central. "A cannabis medicinal é um produto essencial para nossa linha de SpecialtyCare, fortalecendo nosso relacionamento com médicos e completando nosso portfólio. A parceria com a MediPharm permitirá que o Teuto cresça mais rapidamente nesse mercado, oferecendo produtos de espectro total com a mais alta qualidade para pacientes brasileiros que precisam", declarou Marcelo Henriques, CEO do Teuto. 

As aprovações da Anvisa foram publicadas em 30 de dezembro de 2024. Em um comunicado oficial, a MediPharm declarou que ela e o Laboratório Teuto “trabalharam em conjunto no processo de aprovação pela Anvisa, que incluiu registros de produtos em nível farmacêutico, extensa documentação de controle de qualidade e respostas a diversas solicitações de informações ao longo de meses. Espera-se que os primeiros embarques sejam realizados no início do ano, após a obtenção das licenças de importação e exportação emitidas pela Anvisa e pela Health Canada." 

 

Avanço da cannabis medicinal

Em novembro do ano passado, a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu autorizar a importação de sementes e o cultivo de cannabis exclusivamente para fins medicinais, farmacêuticos e industriais. A decisão vale para o chamado cânhamo industrial (hemp), variedade de cannabis com percentual menor de 0,3% de tetrahidrocanabinol (THC), princípio psicoativo da maconha.

Durante a sessão, os ministros entenderam que a concentração não é considerada entorpecente. Dessa forma, o cultivo não pode ser restringido devido ao baixo teor de THC. Com a decisão, foi estabelecido prazo de seis meses, portanto até maio, para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamentar a questão.

 

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