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Exame

Por Dino

O tratamento da obesidade será discutido entre os dias 06 a 09 de junho, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, por mais de 1,5 mil profissionais que atuam na área – entre cirurgiões bariátricos, nutricionistas, fonoaudiólogos, educadores físicos, fisioterapeutas, psicólogos, psiquiatras, endocrinologistas e outras especialidades. Eles participam do XIX Congresso Brasileiro de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, promovido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).

“Nos últimos 10 anos, a obesidade no Brasil aumentou em 60%, segundo o mais recente estudo do Ministério da Saúde, passando de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Caetano Marchesini. Ele lembra que a obesidade tornou-se a doença adquirida que mais preocupa os pesquisadores no mundo, se tornando uma questão de saúde pública.

De acordo com a SBCBM, entre e 2008 e 2017, o número de cirurgias bariátricas realizadas pelo SUS cresceu 215%. Já o número de cirurgias no setor privado, é de 9% entre os anos de 2008 a 2016.

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O crescimento no volume de cirurgias bariátricas pelo SUS se deve a incorporação da videolaparoscopia nos procedimentos de cirurgias bariátricas realizadas pelo Sistema Único de Saúde.

“Com a videolaparoscopia foi possível ampliar os atendimentos no SUS, pois tanto a cirurgia quanto a recuperação do paciente demandam um tempo menor”, acrescenta Dr. Caetano.
Apenas no Ceará existem 166 mil pessoas elegíveis para fazer uma cirurgia bariátrica como forma de tratar a obesidade mórbida e doenças associadas.

A cirurgia bariátrica é indicada para pessoas com Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 40 kg/m², para pacientes com IMC entre 35 e 40 kg/m² na presença de comorbidades e IMC entre 30 e 35 que tenham comorbidades classificadas como “grave” por um médico especialista na respectiva área da doença.

DADOS – A demanda pela cirurgia bariátrica pelo SUS, em 2015, era de 3,5 milhões de cirurgias. Entre os anos de 2008 e 2016, 53 mil pacientes tiveram acesso garantido à cirurgia bariátrica pelo SUS.
Um estudo realizado por um centro de referência em cirurgia bariátrica do SUS avaliou que o tempo médio de espera para um paciente ter acesso ao procedimento cirúrgico é de 24,7 meses. Nesse período, 12% dos pacientes ganharam peso. O número de medicamentos prescritos também aumentou de 1,3 para 2,3 no período de espera.

Outro estudo nacional, comparou a diferença nos custos e na efetividade em casos de realização imediata da cirurgia bariátrica após a indicação médica e em casos de espera para a realização da cirurgia.

A cirurgia realizada imediatamente após sua indicação contribui para a cura ou remissão de diversas doenças associadas à obesidade como, por exemplo, a hipertensão, problemas nas articulações, coluna e diabetes tipo2.

Apenas no Brasil são gastos anualmente cerca de R$500 milhões pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar pacientes diagnosticados com Diabetes tipo 2 e doenças associadas, conforme estudo da Universidade de Brasília (UNB) e Ministério da Saúde.

O CONGRESSO – Entre os temas de destaque no cenário nacional e internacional que serão debatidos no XIX Congresso Brasileiro de Cirurgia Bariátrica estão os mecanismos de ação das cirurgias bariátricas, a história do tratamento cirúrgico do Diabetes Tipo 2, resultados a logo prazo da cirurgia bariátrica, estudos mundiais e sua contribuição para a cirurgia bariátrica, o papel da obesidade e o impacto da cirurgia bariátrica na doença hepática, cirurgia bariátrica na criança e no adolescente e outros.

Além disso, serão realizados cursos de novas tecnologias em cirurgia bariátrica, curso de endoscopia em cirurgia bariátrica e o curso de emergências – Advanced Bariatric Life Suport (ABLS), destinado aos cirurgiões de urgência.

O presidente da Comissão Científica do Congresso, Marcos Leão, reforça que o evento contará com a presença de renomados cirurgiões internacionais como Alex Escalo, Luis Poggi, Carlos Vaz, Mathias Fobi, Eric Demaria, Juan Antônio Lopez Corvalá, Natan Zundel e outros. “A programação científica abordará ainda temas históricos e os avanços e perspectivas futuras da cirurgia bariátrica no Brasil e no mundo”, completa Leão.

Já o presidente da Comissão Local do Congresso da SBCBM, cirurgião cearense, Luiz Moura, lembrou que ressaltou que Fortaleza conta com quatro universidades com curso de Medicina, hospitais públicos e privados, e oito serviços de cirurgia bariátrica. “Todos eles estruturados com equipes interdisciplinares, com predominância de acesso laparoscópicos, iniciando-se e implantando o acesso robótico”, ressaltou Luiz Moura.


Mais informações pelo site http://www.congressobariatrica.com.br

Website: http://www.congressobariatrica.com.br

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