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Pacientes com a doença estão de duas a quatro vezes mais suscetíveis ao infarto ou AVC1, por isso o acompanhamento do cardiologista é indispensável

 

São Paulo, 13 de março – Considerado uma epidemia global pela Organização Mundial de Saúde (OMS)2, o diabetes tipo 2 atinge cerca de 425 milhões de pessoas no mundo, sendo 14 milhões somente no Brasil3,4. Fatores como obesidade, inatividade física e dieta pouco saudável podem aumentar as chances de o paciente desenvolver essa doença, que pode ser assintomática2, e traz grandes riscos à saúde. Com um tratamento multidisciplinar é possível controlar os fatores de risco e tratar a doença, dedicando atenção especial às complicações mais graves, como as doenças cardiovasculares.

 

O diabetes é uma doença crônica causada quando há uma baixa produção de insulina pelo pâncreas, ou quando o corpo não utiliza de modo eficaz a insulina produzida pelo organismo2. Como esse hormônio é o regulador da glicose no sangue, distúrbios em sua produção ou utilização pelo corpo podem provocar alterações nos níveis de glicose acarretando uma série de complicações à saúde2. Os riscos associados a essa patologia incluem perda de visão, amputação de membros inferiores, problemas dermatológicos, doenças renais e cardiovasculares4.

 

A adoção de hábitos saudáveis é um passo importante no controle do diabetes tipo 2, que acomete 90% dos pacientes diabéticos no mundo5. Mas, para que haja um controle dos fatores de risco, sintomas e complicações, é preciso que o paciente tenha um tratamento multidisciplinar que envolva especialistas como o endocrinologista, o preparador físico e o nutricionista. Outra especialidade de importância no tratamento do diabetes é a cardiologia, pois pacientes com diabetes tipo 2 têm de duas a quatro vezes mais chances de sofrerem infarto ou Acidente Vascular Cerebral (AVC)1.

 

Em uma pesquisa do Ibope Inteligência, menos da metade dos entrevistados citaram as doenças cardiovasculares como uma consequência do diabetes6. Ao mesmo tempo, cerca de 80% dos pacientes diabéticos tipo 2 morrem em decorrência dessas doenças7. "Este cenário poderia ser revertido com o tratamento adequado, pois contamos hoje com a empagliflozina, que é um medicamento oral, que reduz em até 38% as chances de morte resultante de complicações cardiovasculares em pacientes com diabetes tipo 2, conforme mostrou o estudo EMPA-REG OUTCOME8,9", explica o endocrinologista Dr. João Eduardo Nunes Salles.

 

Outra preocupação é chegar ao diagnóstico o quanto antes, pois apesar de ser facilmente identificado através de um exame de sangue4, cerca de 50% dos pacientes não sabem que são diabéticos3. "Esse é um dado preocupante, pois esse distúrbio metabólico, apesar de não ter cura, pode ser evitado e controlado, prevenindo as complicações, " enfatiza Dr. Salles. A identificação de fatores de risco como obesidade, sedentarismo, colesterol alto, pressão alta e hereditariedade2 pode ajudar na identificação da patologia.

 

"Além de prestar atenção aos fatores de risco, os pacientes devem procurar um médico ao perceberem sintomas como o cansaço, sensação de fome constante, urinar frequentemente, sede excessiva, visão embaçada, coceiras na pele, má cicatrização, perda ou ganho de peso sem causas aparentes1", explica João Eduardo Nunes Salles.

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