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Estima-se que haja aproximadamente 400 mil casos de trombose no Brasil. Primeiro passo para prevenir doença é saber como ela se manifesta no corpo.

Neste sábado (13), se comemorou o Dia Mundial de Combate à Trombose, data instituída pela International Society on Thrombosis and Haemostasis (ISTH) para promover a conscientização da doença, alertando sobre os seus riscos e formas de prevenção. De acordo com pesquisa da instituição, em parceria com a Bayer, a trombose mata uma a cada quatro pessoas no mundo.

Para o Dr. Kleisson Antônio Pontes Maia, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o primeiro passo para a prevenção é entender como ela se manifesta no corpo. “A trombose é a formação de um coágulo (trombo) em um vaso sanguíneo. Quando o trombo se forma em uma veia, a condição é conhecida como Trombose Venosa Profunda (TVP) e, quando acontece na artéria, como Trombose Arterial (TA), impedindo, em ambos os casos, que a circulação flua de maneira correta”, explica. A doença é comum no mundo inteiro e, no Brasil, estima-se que tenha aproximadamente 400 mil casos de TVP por ano.

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“O trombo também pode se desprender e viajar para algum órgão, como o pulmão, impedindo o seu funcionamento, condição conhecida como embolia pulmonar”, afirma o especialista. Além disso, o trombo também pode ir até o coração ou o cérebro, causando complicações como o ataque cardíaco e o acidente vascular cerebral (AVC), que junto com a Trombose Venosa Profunda, popularmente conhecida apenas como trombose, são as doenças cardiovasculares que mais matam no mundo.

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Foto: Reprodução

Dor, sensação de queimação e inchaço estão entre os sintomas

Caracterizada por dor, inchaço, sensação de queimação e mudanças na cor da pele, a Trombose Venosa Profunda é uma doença perigosa, que pode se manifestar na perna, já que, segundo o médico, as veias da perna têm maior dificuldade de transportar o sangue para o coração. Já os sinais de embolia pulmonar contemplam falta de ar, dor no peito e tosse.

“O alerta vai especialmente para as pessoas que ficam longos períodos sem se locomover, seja sentado no trabalho ou em uma viagem de avião, já que são hábitos que podem causar problemas na coagulação sanguínea”, explica o médico.

O especialista ainda explica que atitudes simples do dia a dia como evitar ficar muito tempo sentado, manter uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente, evitar o sobrepeso, parar de fumar e fazer uso de meias de compressão caso tenha algum histórico familiar associado a varizes ou à trombose. O Dr. Kleisson também alerta que ao identificar os principais sintomas de trombose, é necessário procurar imediatamente um especialista. “Pode ser um clínico geral, angiologista ou cirurgião vascular”, explica. Para o diagnóstico, além do exame físico, alguns exames poderão ser solicitados, como ultrassonografia, tomografia, ressonância magnética, entre outros.

“Ao confirmar o diagnóstico, o tratamento pode contemplar anticoagulantes ou outras opções medicamentosas, inserção de filtros na maior veia do abdômen para impedir que os coágulos sanguíneos se desloquem para os pulmões e meias de compressão para melhorar o edema causado pela trombose. Porém, somente um especialista pode afirmar qual é o melhor tratamento para cada caso”, conclui o médico.

Dentre as terapias disponíveis no Brasil está a rivaroxabana, um anticoagulante oral para o tratamento e prevenção, em adultos, de trombose e embolia pulmonar e para prevenção de AVC em determinados grupos de pacientes com doença cardiovascular.

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Mulheres grávidas também precisam de atenção

Aproximadamente 60% das TVPs acontecem depois ou durante uma hospitalização médica, de acordo com a ISTH. Outro dado importante é que pacientes com câncer têm quatro vezes mais riscos de desenvolver trombose do que a população geral. Isso depende do tipo de câncer, de como ele é tratado e o nível de atividade física. “É importante que o paciente seja proativo e questione os riscos de trombose durante um tratamento, uma internação, ou antes de uma cirurgia, por exemplo”, Dr. Kleisson destaca.

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Mulheres gravidas possuem mais chance de ter a doença (Foto: Assis Fernandes/O Dia)

Para as mulheres grávidas, também é necessário atenção. Com a gravidez, uma maior quantidade de hormônios femininos circula no corpo, o  que pode causar um aumento da coagulação. Por fim, pessoas sedentárias, que trabalham muito tempo sentadas ou tenham histórico na família têm riscos de desenvolver a doença, que pode se manifestar em qualquer idade.

Fonte: Jornal O Dia

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