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Cerca de 60 crianças recebem o diagnóstico de AVC todos os anos na Unicamp

Apesar de desconhecido, especialistas dizem que o problema é comum e causado por má formação vascular, alterações no sistema imunológico ou infecções.
Jornal da EPTV 2ª Edição - Campinas/Piracicaba

O Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp identifica pelo menos 60 casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) em crianças por ano. Apesar de desconhecido, especialistas dizem que o problema é comum e tem como causa má formação vascular, além de alterações no sistema imunológico ou infecções como meningite e varicela. Os médicos alertam para a necessidade do diagnóstico antecipado para evitar as sequelas.

O número é do grupo de pesquisa de Anormalidades Neurovasculares na Infância e Adolescência (Anvia), que tem parceria com universidades internacionais. De acordo com a neuropediatra Kátia Maria Ribeiro Schmutzler, o AVC perinatal é ainda mais comum que o AVC infantil porque atinge o bebê ainda dentro da barriga da mãe e pode ocorrer até o primeiro mês de vida da criança.

“Se tem algum fator de risco, que seria, a mãe estar com infecção, a mãe estar com pressão alta, se houve alguma intercorrência, essa mãe deve questionar o médico se no ultrassom está tudo bem”, explicou.

Por conta do desconhecimento da população sobre o assunto, uma ONG criou um site com conhecimentos gerais da doença. “Principalmente para as crianças obterem um diagnóstico o mais precoce possível e receber uma intervenção o quanto antes”.

Tratamento

O filho de Maria Selma dos Santos teve suspeita de AVC aos seis meses. Atualmente com um ano e meio, ele frequenta o ambulatório da Unicamp para fazer fisioterapia. Segundo a mãe, depois da fisioterapia ele começou a engatinhar, andar e teve um desenvolvimento muito avançado.

Já a fisioterapeuta afimou que, no começo, o menino tinha dificuldades de usar o lado direito do corpo. “Ele não ficava em pé, negligenciava um dos lados, agora a evolução dele já é muito grande”, disse Gerusa Perlatto Bella.

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David teve suspeita de AVC com seis meses e frequenta fisioterapia — Foto: Pedro Amatuzzi/G1

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