Em 1962, a pílula anticoncepcional começou a ser comercializada no Brasil e foi um feito que mudou completamente a vida de inúmeras mulheres devido ao benefício que trazia consigo: o planejamento familiar, ou seja, a escolha de ter ou não ter filhos. Entretanto, como qualquer outra medicação, existem os efeitos adversos de seu uso, e um dos mais temidos é a trombose.
A trombose consiste na formação de um trombo (coágulo) nos vasos sanguíneos do corpo, obstruindo seus fluxos. Normalmente ocorre em membros inferiores (trombose venosa profunda), e se houver desprendimento do coágulo, pode haver complicações mais graves como a embolia pulmonar, em que o coágulo deslocado vai até os pulmões (tromboembolismo venoso).
Nos dias de hoje, a mente feminina é perturbada pelo risco de adquirirem essa enfermidade, e devido a isso, muitas deixam de fazer uso da pílula. Entretanto, o que é pouco sabido por essas mulheres é que o risco de adquirir a trombose venosa pelo uso de anticoncepcional é de apenas 9 em 10.000 mulheres ao ano. A incidência de trombose é mais alta em situações fisiológicas como na gestação (aumento de 5 a 7 vezes) e no parto (aumento de 20 a 80 vezes). Fatores de risco como obesidade, tabagismo com uso de contraceptivos, histórico familiar de trombose e doenças hereditárias, elevam as chances de mulheres adquirirem a trombose em até 4, 9, 17 e 50 vezes, respectivamente.
Apesar de aumentar as chances de ocorrência da trombose, essas chances ainda são mínimas.
A pílula anticoncepcional é um método contraceptivo eficaz e seguro, e é indicada para cada paciente de acordo com critérios de elegibilidade. Sendo assim, para que uma mulher inicie o uso deste método contraceptivo, é de extrema importância que consulte um médico ginecologista e siga corretamente todas as orientações recomendadas.
Fonte: Minerva
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