Tratamento sintético promete ser mais puro e barato do que fitoterápico aprovado pela Anvisa. Substância deve ser submetida a testes com 180 pacientes para ser classificada como medicamento.
Por Jornal da EPTV 2ª Edição
Pesquisadores da USP de Ribeirão Preto (SP) estão na fase final do desenvolvimento de uma versão sintética do canabidiol, substância derivada da maconha, que promete ser mais eficaz contra doenças como epilepsia, além de mais barata do que a versão atualmente aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Desde janeiro de 2015, o órgão reconhece e controla o uso do tratamento fitoterápico, ou seja, da substância extraída a partir da planta, para crianças e adolescentes com epilepsias refratárias, que não respondem aos tratamentos convencionais.
style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="1871484486">De acordo com o professor Jaime Hallak, da Faculdade de Medicina da USP, além de reduzir os custos com importação, a produção em laboratório promete garantir uma substância mais pura e completamente livre do THC, princípio que causa o efeito psicoativo da maconha.
A expectativa do grupo é de que, depois de aprovado como medicamento, o CBD sintético chegue ao mercado em dois anos.
"A grande diferença que nós temos é que pra formulação sintética nós não precisamos ter a plantação de cannabis [sativa]. Então, de uma maneira diretamente produzida no laboratório, você consegue a partir da estrutura molecular, com técnicas de bioquímicas e farmacêuticas, criar molécula com a mesma eficácia, de uma maneira muito mais barata e com uma quantidade muito maior e mais rápida do que você faz na produção a partir dos fitoterápicos", afirma o pesquisador.
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