Vacina de Oxford (AstraZeneca) - Foto mostra voluntário recebendo a vacina em um hospital de Soweto, em Joanesburgo, na África do Sul, em junho de 2020 — Foto: Siphiwe Sibeko/Pool via AP
Reportagem do jornal 'The Telegraph' cita fontes governamentais na divulgação de um plano de vacinação que inclui a aplicação em massa dentro de estádios de futebol. Não há posição oficial do governo britânico
Por G1
A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica britânica AstraZeneca começará a ser aplicada no Reino Unido em 4 de janeiro, segundo reportagem do jornal "The Telegraph" deste sábado (26).
A publicação cita, com base em fontes do alto escalão do governo britânico, planos que incluiriam até mesmo campanhas de vacinação em massa dentro de estádios de futebol.
A Grã Bretanha ainda não divulgou nenhum planejamento oficial de vacinação com a vacina de Oxford, mas o país já aplica a vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech desde o início do mês. Até o momento, mais de 800 mil pessoas já receberam a primeira dose da vacina.
De acordo com a reportagem, pelo menos 2 milhões de pessoas serão vacinadas em um prazo de 15 dias – seja com a vacina de Oxford ou com a da Pfizer.
Diferentemente da vacina da Pfizer – que precisa de ultracongeladores para ser armazenada a -70ºC –, a de Oxford pode ser guardada em sistemas de refrigeração convencionais, o que facilita sua distribuição em áreas menos preparadas.
Ainda não há uma aprovação para a vacina de Oxford no Reino Unido, mas o "Telegraph" disse, citando fontes do governo, que a vacina pode receber uma aprovação no país até o dia 2 de janeiro.
Um porta-voz do Ministério da Saúde britânico comentou a reportagem e disse ser preciso "esperar que o trabalho seja feito", segundo a agência de notícias Reuters.
"Precisamos dar um tempo para que a MHRA [agência regulatória] siga com esse importante trabalho e temos que esperar pela sua recomendação", disse.
Nesta segunda (28), a farmacêutica deve dar entrada em um pedido de aprovação da vacina junto à agência regulatória britânica, segundo o jornal.
O governo brasileiro tem um acordo de transferência de tecnologia e um contrato para a compra de lotes da vacina de Oxford. Se comprovada a eficácia, mais de 100 milhões de doses serão distribuídas em 2021, com prioridade para o grupo de risco e para profissionais de saúde.
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