Nova York, 8 abr (EFE).- Uma vacina experimental contra o linfoma, um dos tipos de câncer, mostrou resultados promissores nos Estados Unidos em um pequeno teste clínico com pacientes que estão com a doença em estado avançado.
O estudo com a vacina, divulgado pela revista “Nature Medique” nesta segunda-feira, foi realizado por pesquisadores do Hospital Mount Sinai, de Nova York, centro de referência no combate ao câncer.
Segundo a revista, os cientistas desenvolveram um enfoque inovador na imunoterapia do câncer, injetando estimulantes imunosupressores diretamente no tumor para fazer com que o sistema imunológico aprendesse a atáca-lo e destruí-lo.
O estudo foi realizado com 11 pacientes com linfoma avançado, mas os resultados foram suficientemente bem-sucedidos para justificar outro teste clínico. Na nova pesquisa, serão incluídas pessoas com câncer de mama, na cabeça e no pescoço.
Segundo os pesquisadores, alguns dos pacientes do primeiro teste clínico tiveram uma remissão completa do câncer em meses ou anos. Nos testes feitos em ratos, a vacina também aumentou drasticamente o sucesso da imunoterapia contra o linfoma.
“O enfoque da vacina tem amplas implicações para múltiplos tipos de câncer. Esse método pode melhorar também o êxito de outras imunoterapias”, disse o principal autor do estudo, Joshua Brody, diretor do Programa de Imunoterapia para o Linfoma da Escola de Medicina do Hospital Monte Sinai.
Segundo os pesquisadores, o tratamento consiste em administrar uma série de imunossupressores diretamente no tumor.
“O segundo estímulo ativa as células dentríticas, que depois ordenam que as células T, os ‘soldados’ do sistema imunológico, matem as células cancerosas e evitem as não cancerosas. Esse ‘exército’ aprende a reconhecer as características das células tumorais para que possam buscá-las e destruí-las em todo o corpo, transformando o tumor em uma fábrica de vacinas contra o câncer”, explicou o estudo. EFE
Fonte: UOL
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