9849747085?profile=original

imagem: pixabay

by Joni Mengaldo

Após alguns meses de vacinação em vários países há um movimento em busca da "normalidade", se é que podemos dizer que há um normal. Um primeiro momento de grande apreensão, lockdown e geração de incertezas.

Várias empresas no exterior e no Brasil estão adotando uma política de vacinação para seus empregados, outras inclusive, colocam seu próprio espaço como centro de vacinação, como foi o caso da Novartis, que sua sede esteve, nos dias 14 e 15 de agosto, entre os 14 postos disponíveis para a Virada da Vacina Sampa – uma iniciativa em parceria com a Prefeitura de São Paulo para a vacinação de jovens entre 18 e 21 anos. 

Tem havido movimentos pró e contra estas políticas e não é difícil este debate bem próximo a cada um de nós.

A Disney adotou a obrigatoriedade para seus milhares de funcionários em muitos países, mas há colaboradores que se opõem a esta medida e resistem.

Temos visto por parte do judiciário uma tendência pelo entendimento do direito da empresa obrigar o colaborador a tomar o imunizante contra a Covid e, de modo geral, tem pautado as decisões com a retórica do bem coletivo.

Claro que este tipo de decisão transmite um certo ar de impopularidade.

Vamos considerar, quando você se candidata e aceita trabalhar em uma organização é natural ter de seguir determinadas normas e diretrizes que são comuns entre todos os funcionários.

Podemos não concordar com estas regras, é um direito que temos.

No entanto, quando uma empresa tem um conjunto de diretrizes, temos duas opções,  aceitamos e concordamos ou entendemos que nosso ciclo naquela organização terminou. E isso não diz respeito somente a  questão da vacina, mas outros assuntos.

Modelo cultural, estratégia da companhia, possibilidade de crescimento, modelo de liderança.

Numa empresa que eu trabalhei, não concordava que as milhas das viagens a trabalho que eu fazia, eu deveria disponibilizar para a própria empresa. Apesar de eu não concordar com este ponto, vários outros pesavam na balança para eu permanecer.

Quando o meu chefe direto saiu da empresa e mudei de liderança e modelo decisório, entendi que meu ciclo se encerrava ali.   

Voltando ao tema, entendo claramente e respeito aqueles que não querem se vacinar, mas também entendo uma organização que é composta por muitos colaboradores e que quanto maior o número, mais complexa são as decisões.

As empresas tomam decisões que tragam impacto no ambiente de trabalho, e, hoje, a maioria dos colaboradores são favoráveis ao processo de vacinação.

E avaliando de forma mais profunda, diríamos que, o mais importante, é avaliar os prós e contras de sua escolha.

O que vai te trazer mais felicidade? Qual seu propósito?

Trazer estes elementos para o processo decisório vai mostrar o que vale mais a pena para sua carreira.

Seu pacote de benefícios e salário são importantes, mas a sua alegria e como seu trabalho impacta no resultado do negócio, são o que vão te trazer satisfação e estabilidade.

Lembre-se, não há um modelo perfeito e qualquer regra, agrada alguns e desagrada outros. Companhias podem não ter abertura a mudanças, seja a forma de trabalho ou as questões relativas a pandemia.

Deixe de pensar de modo estanque e seja mais resiliente, olhando para toda a sua carreira.

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Joni Mengaldo

Para adicionar comentários, você deve ser membro de DikaJob.

Join DikaJob

Faça seu post no DikaJob