por Flávia Junqueira
O Globo / Site
Há pelo menos um mês, mães de bebês que precisam receber a vacina pentavalente rodam pelas unidades básicas de saúde da capital e da Região Metropolitana do Rio sem conseguir encontrar a dose. A vacina, que deve ser aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite causada pela bactéria haemophilus influenzae.
A Superintendência de Vigilância em Saúde da Prefeitura do Rio informou que a vacina, fornecida pelo Ministério da Saúde, está em falta e não há data prevista para regularização do abastecimento.
Já o Ministério da Saúde afirmou que o abastecimento está parcialmente interrompido desde julho, quando lotes da pentavalente recebidos do laboratório indiano Biologicals E. Limeted foram reprovados pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
O ministério pediu reposição do fornecimento à Organização Pan-Americana da Saúde. No entanto, esclarece a pasta, não há disponibilidade imediata da vacina pentavalente no mundo. “A compra de 6,6 milhões de doses começaram a chegar de forma escalonada em agosto no Brasil”, informou a nota. A previsão do ministério é de que o abastecimento voltará à normalidade a partir de novembro.
O governo explica ainda que, por se tratar de um imonubiológico, diferentemente dos medicamentos sintéticos, a vacina não tem disponibilidade imediata. Portanto, o recebimento pelo Brasil depende do processo de fabricação e testagem.
Problema de abastecimento também no ano passado
Não é a primeira vez que isso acorre. Entre janeiro e março do ano passado, a pentavalente também desapareceu dos postos de saúde. Mais uma vez, o problema foi nacional. Na época, o ministério alegou que houve um problema na liberação do produto, que é importado, ao chegar ao Brasil.
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