Valor Carreira: Eurofarma - Seleção com ajuda dos algoritmos

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Valor Econômico

Jornalista: Jiane Carvalho

29/10/19 - Programa de preparação de executivos, projeto piloto de uso da inteligência artificial (IA) e machine learning e o lançamento do chatbot EVA são algumas das iniciativas da Eurofarma na área de recursos humanos que garantiram, pelo segundo ano consecutivo, uma posição de destaque para a farmacêutica no Valor Carreira.


“Nós seguimos avançando bastante, desde 2017. Nos preocupamos em crescer a organização internacionalmente e a área de RH precisou dar suporte a esta estratégia”, afirma Mikiko Inoue, vice-presidente de recursos humanos (RH) da Eurofarma, acrescentando que a área deixou o “dia a dia local” e passou a se dedicar também a promover a integração e adequação de unidades compradas no exterior.
“É uma mudança estratégica, com o RH sendo capaz de alinhar a cultura do país que estamos chegando e implantando as boas práticas que temos aqui. É importante darmos a todos os colaboradores o mesmo tratamento.” Nessa estratégia, 2018 foi um ano em que a Eurofarma, uma empresa de capital 100% nacional, realizou o plano de sucessão e levantamento de talentos nas operações da América Latina. Foram 81 posições-chave levantadas, das quais 62 têm sucessores identificados (77%) e 45 colaboradores considerados talentos.

Com base neste mapa, a farmacêutica realizou 41 promoções, quase quatro vezes mais que no ano anterior, e algumas mudanças de estrutura no Uruguai, Chile, Colômbia, Peru, Bolívia, Guatemala e Argentina. “A preparação de executivos, o planejamento sucessório e a identificação de talentos são muito importantes para o bom desempenho da empresa.” 

Mikiko lembra que a forma de atuação da área de RH foi sendo revista e hoje participa dos processos decisórios no comitê consultivo da companhia. Em 2018, foi lançado o chatbot da Eurofarma, a EVA, um canal de atendimento que fornece aos colaboradores as informações da área de RH. O sistema conta com inteligência artificial (IA) para compreender as perguntas dos colaboradores e encontrar a resposta mais adequada, liberando a equipe de RH para funções menos burocráticas. Também houve ajustes na visão estratégica de como reter os colaboradores. “Antes, a principal demanda era por salário e benefício. Hoje mudou, porque todos querem estar em um local com possibilidade de desenvolvimento, de crescer internamente. Empresas inovadoras são mais atrativas.” 

Neste contexto, a inovação vem ganhando espaço. Em dezembro, inaugura o Centro de Inovação Eurofarma, em que foram investidos R$ 150 milhões. Além disso, por meio da Eurofarrna Synapsis, foram incubadas 12 startups. Em 2018 uma das startups foi internalizada, a Gupy, uma plataforma de gestão de processos de recrutamento e seleção com base em IA e machine learning. A contratação é conduzida totalmente pela plataforma, o que tirou tarefas operacionais do RH, que passa a ter mais tempo para funções estratégicas. “A seleção fi:ou mais assertiva, algoritmos garantem a escolha de um profissional alinhado a nossa necessidade. É bem criterioso”, diz Mikiko. Das 550 promoções realizadas, pelo menos 75% das posições foram ocupada» internamente. “O restante vem de fora, até para arejarmos a companhia. É um valor para nós.” 

Após a seleção do candidato, d processo de contratação é todo digital. A Eurofarma utiliza a Yube, ferramenta que dispensa a impressão e entrega de papelada. Tudo pode ser feito pele aplicativo. Mikiko pontua a importância de uma política “agressiva de remuneração” praticada pela farmacêutica. “Não é porque queremos pagar mais, mas pelo reconhecimento da importância dos nossas colaboradores.” Para o programa de remuneração variável, a Eurofarma utiliza três critérios para definir o bônus: resultado positivo da empresa, o marketshare e o atingimento de metas individuais.


Neste ano, a novidade foi a criação de um comitê de RH com membros de várias áreas e profissionais do mercado. As sugestões são compartilhadas com os executivos da Eurofarma para que decidam a viabilidade. “Isto é importante porque eles precisam comprar a ideia, caso contrário não dá resultado”, diz Mikiko, que cita como exemplo um ponto que p ode ser melhorado. “A companhia tem várias iniciativas voltadas para as mulheres com filhos, com o creche, banco de leite e licença-maternidade de seis meses e licença-paternidadede um mês. Talvez fosse interessante flexibilizar a dos homens, que poderiam tirar esse mês em outro momento ou mesmo dividir os dias.

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