por Roberto Caligari
Pedmed
Após a hidroclorotiazida (HCTZ) ser colocado sob alerta, pois seu uso prolongado pode aumentar o risco no desenvolvimento do câncer de pele, outros medicamentos anti-hipertensivos estão sob suspeita de conter sustâncias carcinogênicas. A Food and Drugs Administration (FDA) emitiu um comunicado no começo de janeiro que alerta pacientes e centros médicos acerca de fármacos com altos níveis de N-Nitrosodietilamina (NDEA), componente químico classificado como nitrosamina e comumente presente na fumaça do cigarro.
style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="4150813131">Entre os medicamentos identificados com alto nível de NDEA estão os bloqueadores de receptores da angiotensina (BRA), como a losartana, e a valsartana em combinação com a amlodipina, além da irbesartana. Os fabricantes Torrent Pharmaceuticals e Aurobindo Pharma realizaram recall de seus fármacos.
De acordo com o relatório da FDA, a Torrent retirou do mercado 10 lotes de losartana suspeitos de conter níveis maiores do que 0,27 partes por milhão da substância carcinogênica. Já a Aurobindo solicitou a devolução de dois lotes de amlodipina + valsartana e 52 lotes de valsartana e hidroclorotiazida também devido aos alto níveis de NDEA; no entanto, a fabricante recolheu apenas os fármacos combinados com valsartana, os produtos com somente a HCTZ ou a amlodipina como composto ativo não sofreram recall. Ainda segundo o comunicado da FDA, os testes realizados constaram que os medicamentos continham concentração de NDEA acima do aceitável pela agência, os níveis da sustância carcinogênica eram superiores a 0,083 partes por milhão.
style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="4150813131">Entretanto, a FDA recomenda aos pacientes sob terapia com algum dos bloqueadores de receptores da angiotensina que não interrompam o tratamento até que o médico prescreva uma medicação diferente ou providencie um substituto que trate da mesma doença. No Brasil, até o momento a Anvisa se manifestou apenas sobre a utilização da hidroclorotiazida.
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
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