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Por Natalie Rosa
Canaltech
Desde o início da pandemia da COVID-19, em março, estamos acompanhando notícias sobre o desenvolvimento de uma vacina que previna contra a doença. São diversos os testes a serem feitos para obter a aprovação dos órgãos reguladores, sendo o último deles conduzido em um grande número de pessoas, e ainda estamos nessa fase. Porém, alguns países já iniciaram o processo de vacinação de forma emergencial.
O primeiro país é a Rússia que, ainda em agosto, anunciou que a sua vacina estava pronta e que a população já poderia começar a receber as doses, mesmo sem a comprovação da sua eficácia. Batizada de Sputnik V, a vacina foi liberada para uso geral em setembro, e menos de um mês depois a segunda vacina, EpiVacCorona, recebeu também a aprovação antes dos testes da fase 3.
O segundo país que já iniciou a vacinação é a China, com as vacinas da CanSino Biologics, Sinopharm e Sinovac, que receberam a aprovação para o uso limitado. Em junho, a vacina da Cansino foi aprovada pelos militares como um medicamento especialmente necessário, com validade de um ano.
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No mês seguinte, o governo da China aprovou de forma emergencial a vacina CoronaVac, da Sinovac, sendo parte de um programa dedicado a grupos de alto risco, como quem está na linha de frente na área da saúde, assim como a da Sinopharm também havia sido liberada. Meses depois, em setembro, a OMS (Organização Mundial de Saúde) liberou o uso das vacinas no país de forma emergencial.
A liberação mais recente aconteceu nos Emirados Árabes Unidos, com a aprovação emergencial da vacina chinesa da Sinophan no país, cerca de um mês e meio após o início dos testes em humanos. As doses foram liberadas para membros da primeira linha de defesa, segundo declaração da Autoridade Nacional de Gerenciamento de Crises e Desastres (NCEMA).
O próximo país a começar a vacinação deve ser a Venezuela, que anunciou recentemente que pretende dar início ao processo ainda neste ano, entre dezembro e janeiro, o que será feito com as vacinas da Rússia e da China. Serão priorizados idosos e pessoas com doenças pré-existentes, mas o presidente do país, Nicolas Maduro, anunciou que todos os venezuelanos serão vacinados contra a COVID-19.
Aqui no Brasil, a última informação é que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) acredita que teremos uma vacina pronta e aprovada entre os meses de janeiro e junho do ano que vem, ou seja, ainda no primeiro semestre. No entanto, Antonio Barra Torres, diretor-presidente do órgão, diz que não há como prever qualquer mudança que possa acontecer e mude essa expectativa.
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