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Estimativa é da associação das fabricantes; queda é maior nos produtos vendidos em franquias ou por redes de revendedoras
Por Alexandre Melo, Valor — São Paulo
As vendas das fabricantes de produtos de higiene pessoal, perfumes e cosméticos caíram de 10% a 15% em março, em base anual, devido às lojas fechadas e à menor atividade das revendedoras em diversos Estados que decretaram quarentena para frear a proliferação da covid-19. A estimativa é da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal e Cosméticos (Abihpec).
“Os dados do trimestre ainda estão em fase de consolidação, mas a situação não é pior porque farmácias e supermercados estão abertos”, disse João Carlos Basilio, presidente executivo da Abihpec.
Em janeiro, a entidade estimava um crescimento de 1,54% nas vendas para 2020, já descontada a inflação prevista para o período. O atual cenário vai impactar negativamente o desempenho, mas como não há previsibilidade para o fim da crise causada pela pandemia, é prematuro prever o impacto negativo. Em 2019, as vendas tiveram crescimento real de 0,69%.
A entidade reúne empresas como Natura &Co, Grupo Boticário, Unilever, L’Oréal, Colgate-Palmolive, Procter & Gamble, Coty e Johnson & Johnson. Os canais de franquias e as vendas diretas têm maior representatividade nas vendas de cosméticos e perfumes, enquanto supermercados, farmácias e perfumarias têm peso maior em itens de higiene pessoal.
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