Créditos: Reprodução/Facebook
Uma carta de adeus que, também, é uma lição de vida. Esta foi a forma como a austaliana Holly Butcher decidiu se despedir da família e dos amigos. Ela travava uma batalha contra o câncer e morreu na última quinta-feira, dia 4. Na mensagem de despedida, publicada pela família em seu perfil do Facebook, a jovem reúne os vários aprendizados obtidos enquanto lutava contra a doença.
Holly cita como é difícil encarar a mortalidade aos 26 anos [quanto recebeu o diagnóstico]: "É uma dessas coisas que você ignora". Nós nos acostumamos com a passagem dos dias, conta, até que algo inesperado acontece".
"Sempre me imaginei envelhecendo", diz. "Tenho 27 anos agora. Eu não quero ir. Eu amo minha vida. Sou feliz e devo isso às pessoas amadas. Mas o controle está fora de minhas mãos".
Foi aí que a inglesa passou a mudar de atitude: "Eu só quero que as pessoas parem de se preocupar tanto com os estresses pequenos e insignificantes da vida". E cita vários deles: corte de cabelo que deu errado, roupas, trânsito, trabalho... E sugere que as pessoas passem a agradecer por estarem vivas e com saúde.
"Dê, dê, dê. É verdade que você ganha mais felicidade fazendo coisas para os outros do que fazendo para si mesmo. Eu queria ter feito mais isso. Desde que fiquei doente, conheci as pessoas mais incrivelmente doadoras e gentis e recebi as palavras mais amorosas e de apoio de minha família, amigos e estranhos. Mais do que eu poderia dar em troca. Nunca vou me esquecer disso e serei eternamente grata a todas essas pessoas", afirma Holly.
Ela destaca como é estranho o apego a coisas materiais. "É uma coisa estranha ter dinheiro para gastar no final... quando você está morrendo. Não é hora de sair e comprar coisas materiais como você costuma fazer, como um vestido novo. Isso faz você pensar o quão bobo é pensarmos que vale a pena gastar tanto dinheiro em roupas novas e coisas em nossas vidas."
style="display:block" data-ad-format="autorelaxed" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="7514086806">Em vez de comprar um monte de coisa, dê um presente para um amigo, aconselha. E esse presente pode ser cozinhar algo especial para eles, dar a alguém uma planta, uma massagem, uma vela... "E diga a elas que você os ama" quando entregar os presentes. Resumindo, ela aconselha que usemos nosso dinheiro com experiências e que não deixemos de experimentar vivências em troca de gastar dinheiro com coisas materiais.
Experiências como tirar o dia para ver o mar... "Esforce-se para fazer aquela viagem bate-e-volta para a praia que você tanto adia. Ponha seus pés na água e enterre os dedos dos pés na areia. Molhe o rosto com água salgada."
"Uma pergunta retórica: aquelas várias horas que você gasta fazendo seus cabelos e se maquiando todos os dias ou para sair uma noite realmente valem a pena? Nunca entendi isso", questiona. Em vez disso, ela aconselha que você se levante cedo "às vezes e ouça os pássaros enquanto observa as belas cores que o sol faz quando ele sobe" o horizonte. E também pede que você ouça música, faça carinho sem seu cachorro ("Eu sentirei muita saudade disso"), fale com seus amigos, viaje. "Faça o que desejar. Trabalhe para viver, não viva para trabalhar. Sério, faça o que faz seu coração sentir-se feliz. Coma o bolo. Zero culpa. Diga não às coisas que você realmente não quer fazer."
E termina com um pedido: "Comece regularmente a doar sangue. Isso fará você se sentir bem com o bônus adicional de salvar vidas. Eu sinto que é algo tão negligenciado, considerando que cada doação pode salvar três vidas!"
Holly conta que foi graças a doadores que ela se manteve viva no último ano: "Um ano em que fiquei eternamente grata por ter conseguido gastá-lo aqui na Terra com minha família, amigos e cachorro. Um ano em que eu tive alguns dos melhores momentos da minha vida...".
Fonte Catraca Livre
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