(Divulgação/Weleda)
A fabricante de medicamentos e cosméticos Weleda trabalha apenas com ingredientes naturais e orgânicos. No Brasil há 64 anos, a companhia Suíça importa ativos dos cosméticos do país de origem e da Alemanha, além de ter um jardim biodinâmico em São Roque, no interior de São Paulo.
“Só usamos plantas frescas, que são transportadas em viagens de até seis horas de caminhão, do nosso jardim ou de parceiros na região de São Paulo, onde fica a fábrica da Weleda. Os insumos são certificados e acompanhados por uma rede de agrônomos”, diz Maria Claudia Pontes, presidente da Weleda.
Segundo ela, outro princípio com os fornecedores é o do pagamento parcial mesmo quando a safra é perdida. “Se o parceiro tem um problema de entrega entendemos que o pagamento é ideal para que não sejam potencializados os desafios dele”.
Por atitudes como essas, há dois anos a empresa começou um processo de certificação no Sistema B, um movimento global que identifica companhias com atuação de responsabilidade social e ambiental. A resposta positiva foi confirmada em dezembro.
“A certificação global foi um processo importante para entendermos o que fazemos bem e o que podemos melhorar. Localmente, temos uma forte presença de mulheres, por exemplo, mas podemos melhorar a diversidade racial. Agora estamos com um projeto dedicado à isto no Brasil”.
A companhia ficou com 108 pontos numa escala de 0 a 200, sendo 80 o mínimo necessário para a certificação. Por aqui, atualmente, 70% da empresa e da liderança é formada por mulheres, sendo 36% de autodeclarados pretos e pardos em todo o quadro geral. “Queremos chegar à 50%”, diz Pontes.
Hoje são cerca de 200 companhias certificadas no país, sendo 51 delas apenas no período de pandemia – momento em que a procura pelo certificado saltou 34%.
A Weleda passa a fazer parte também da B Corp™ Beauty Coalition, lançada em março, que reúne empresas B de beleza no mundo inteiro com a missão de melhorar os impactos sociais e ambientais das práticas de produção no setor por meio do compartilhamento de conhecimento e inovação.
“A gerente geral da Weleda no Reino Unido é a nossa representante na coalizão e ajudará na elaboração de práticas para um setor com mais impacto positivo. Por exemplo, como melhorar a oferta de vidros reciclados para embalagens? Essas e outras questões serão discutidas”. O novo grupo global inclui mais de 30 empresas B certificadas de 8 países e 3 continentes.
A Weleda
A fabricante de medicamentos antroposóficos e cosméticos com ingredientes de cultivo orgânico e biodinâmico, a foi fundada em 1921 na Suíça e está presente em mais de 50 países. No Brasil, desde 1958, tem 87 produtos no portfólio que podem ser encontrados em grandes redes de farmácias convencionais e de homeopatia, além das lojas próprias e e-commerce.
Com faturamento de 64 milhões de reais no Brasil em 2021, a expectativa de crescimento para este ano é de 11,5%. A Weleda é certificada pelo Natrue, selo independente de origem europeia que valida os cosméticos naturais e orgânicos, e no Brasil, pelo IBD, maior certificadora da América Latina de produtos da mesma origem.
A marca é membro da UEBT (União para o BioComércio Justo), uma organização internacional sem fins lucrativos que promove o uso de recursos naturais com responsabilidade para fomentar o crescimento sustentável do negócio, com desenvolvimento local e conservação da biodiversidade.
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