Remédios podem combater Alzheimer, confirmam cientistas

Jean-Francois Monier/AFP
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Paciente com Alzheimer: estudo sugere a possibilidade que o receptor GPR3 permita oferecer uma resposta farmacológica ao Alzheimer

Da EFE

Washington - Bloquear um receptor chamado GPR3 pode ajudar a eliminar uma placa tóxica que se acumula no cérebro dos doentes de Alzheimer, de acordo com um novo estudo publicado nesta quarta-feira pela revista "Science Translational Medicine".


O trabalho, realizado em quatro modelos genéticos diferentes de ratos com a doença, sugere a possibilidade que o receptor GPR3 permita oferecer uma resposta farmacológica ao Alzheimer.


A equipe liderada por Yunhong Huang, do Centro para as Doenças Biológicas de Leuven, na Bélgica, afirma que os acúmulos anormais de fragmentos de uma proteína conhecida como amiloide danifica os cérebros dos pacientes com Alzheimer, que é a causa mais comum da doença neuro-degenerativa.

Mais da metade dos remédios existentes para tratar o Mal de Alzheimer têm como objetivo atacar esse receptor, acoplado à proteína G, mas ainda não há um tratamento que ajude a reverter a doença, embora a pesquisa da equipe de Yunhong possa ajudar a desenvolver novos e mais eficazes métodos.


Um dos maiores obstáculos no desenvolvimento de remédios contra o Alzheimer foi a dificuldade de transferir os resultados dos estudos feitos com animais de laboratório para os testes clínicos com pessoas com Alzheimer, explica o estudo científico.
O motivo é que nenhum modelo pode refletir todas as características da doença, por isso Yunhong Huang e sua equipe utilizaram quatro modelos genéticos de rato com Alzheimer para testar os efeitos da eliminação do GPR3, a fim de regular a enzima que gera a produção de amiloide no cérebro.
Com uma técnica para visualizar o cérebro inteiro em três dimensões, os pesquisadores comprovaram que reduzindo o receptor GPR3 se combate a formação da placa e seu acúmulo nos quatro modelos utilizados.


Nos testes de comportamento, um modelo de rato apresentou melhoras em aprendizagem, memória e inclusive na capacidade de relação.


Comparados com tecidos cerebrais de pessoas saudáveis, as amostras recolhidas de doentes de Alzheimer após a morte também apresentaram acúmulos de GPR3, o que sugere que esse receptor pode ser um objetivo terapêutico promissor para combater a doença.

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