“O estresse cresceu a partir do isolamento e as pessoas foram buscar ajuda” Alexandre França, CEO da Aspen Pharma no Brasil.

A ampliação da fábrica, segundo o CEO da Aspen, permitirá iniciar o processo de exportação de cremes anestésicos produzidos no Brasil, em dois anos, para as filiais na América Latina. Ou seja, sair de receita zero em exportações para algo equivalente a 20% ou até 25% do faturamento da empresa. “A vantagem, para mim, é receita adicional. Para eles, é pagar mais barato, em real em vez de euro.” A meta é chegar a 2022 com faturamento de R$ 750 milhões, o que significaria 53% acima da receita no ano fiscal de 2020.

FORA DO BALCÃO Para o presidente-executivo da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto, a tendência é de manutenção no crescimento de itens com venda livre em farmácias. Segundo a entidade, o varejo farmacêutico fechou o ano passado com alta de 8,80% em relação a 2019. Entre MIPs (medicamentos isentos de prescrição), o aumento foi mais que o dobro do segmento em geral, com R$ 10,7 bilhões de receita, 17,62% acima do ano anterior. “O mercado enxergou essa oportunidade de crescimento e as farmácias aumentaram a capacidade de venda dos produtos fora do balcão”, disse Barreto. Cerca de 98% das vendas da Aspen se dão em farmácias. O sistema público de Saúde absorve o restante. O portfólio brasileiro soma 32 marcas, com sete medicamentos produzidos na fábrica capixaba.

No ano passado, a Aspen firmou parceria com a Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, para produzir em Port Elizabeth, África do Sul, a vacina anti-Covid-19 da empresa americana. A capacidade será de 300 milhões de doses, com foco inicial para o continente africano. A farmacêutica ainda não entrou com registro de pedido emergencial em nenhum país. A perspectiva, segundo França, é de que o início da produção ocorra no segundo semestre. Diferentemente das vacinas de Oxford e da Coronavac, a da Janssen foi planejada para ser dose única. Os testes estão na fase 3. Na semana passada, a Johnson&Johnson anunciou eficácia de 66% para casos moderados e graves da doença.

Apesar de a Janssen ter pedido autorização para realizar testes no Brasil, não há previsão de fornecimento para o País. “Há uma clara falta de planejamento em termos de logística e sanitária. O Brasil é um dos últimos países em vacinação por 100 mil habitantes”, afirmou França. Uma triste realidade, que tira o sono e embrulha o estômago dos brasileiros.user-matching?id=11&_fw_gdpr=0&_fw_gdpr_consent=user-matching?id=2545&_fw_gdpr=0&_fw_gdpr_consent=user-matching?id=11&_fw_gdpr=0&_fw_gdpr_consent=user-matching?id=2545&_fw_gdpr=0&_fw_gdpr_consent=user-matching?id=11&_fw_gdpr=0&_fw_gdpr_consent=user-matching?id=2545&_fw_gdpr=0&_fw_gdpr_consent=