Segundo o Caged divulgado nesta semana, a indústria criou cerca de 50 mil postos de trabalho formal, apenas em julho deste ano - Getty Images
Para evitar falta de mão de obra, parceria do SENAI com Fórum Econômico Mundial busca requalificar força de trabalho de diversos setores econômicos
by Elis Barreto da CNN no Rio de Janeiro
Dados do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) mostram que o Brasil precisará, até 2025, formar e requalificar 4,2 milhões de trabalhadores para economia digital e novas tecnologias.
Mas uma parceria da instituição com o Fórum Econômico Mundial, irá incluir o Brasil num mundial, que busca a aceleração de competências para formar, em oito anos, 1 bilhão de pessoas em todo mundo.
O foco da requalificação e redistribuição da força de trabalho no Brasil estão na: mineração e metalmecânica, logística e transporte, infraestrutura e urbanismo, tecnologia da informação, eletroeletrônica, automotivo, telecomunicações e energia. Isso porque, além de capacitar, a aceleradora também tem como objetivo recolocar os profissionais – alinhar as demandas do setor produtivo com a oferta de mão de obra.
De acordo com o superintendente de Educação Profissional do SENAI, Felipe Morgado, além da requalificação, a previsão é que apenas o setor industrial criarão 497 mil novas vagas para trabalhadores com essas competências.
“É um grande convite para acelerar esse processo. Considero que temos oportunidade de reduzir as nossas diferenças, o mundo está precisando requalificar a mão de obra, o Brasil faz parte disso. Se conseguirmos ser mais ágeis, para introduzir a tecnologia, a gente reduz a desigualdade e as diferenças.”, afirma Morgado.
De acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgado nesta semana, a indústria criou cerca de 50 mil postos de trabalho formal, apenas em julho deste ano. Desde dezembro de 2021, o setor industrial têm mostrado recuperação nas vagas formais, sendo o resultado de julho o melhor saldo desde janeiro.
Ao aderir o projeto, o Brasil se une a países como Austrália, Dinamarca, Índia e Paquistão, países com grandes populações, além de países em proporções menores como Suíça e Vietnã, que já aderiram esse processo junto ao Fórum Econômico Mundial.
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