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A 'Retention Tool' foi lançada internamente em 2022 e mapeia os riscos de os profissionais deixarem a empresa, levando a tomada de decisões mais assertivas

 

Quando pensamos na saída voluntária de profissionais de uma empresa, as causas são as mais diversas. Em uma multinacional como a Bayer, estamos falando de cerca de 15 mil colaboradores na América Latina e cerca de 5.500 só no Brasil -- o que torna qualquer análise ainda mais complexa. Usando a tecnologia como aliada, a companhia de saúde e agricultura lançou, em 2022, uma ferramenta interna que usa inteligência artificial e Machine Learning para analisar as pessoas com menos vieses e tentar identificar quem estaria em risco de deixar a empresa.

Batizada de 'Retention Tool', ela gera uma gama de dados e insights reunidos em um só lugar, para que seja possível tomar decisões assertivas para reter os talentos e mantê-los engajados e satisfeitos com seu trabalho. A inovação mostrou resultados promissores: em 2022, houve uma redução de quase 10% nas saídas voluntárias em relação ao ano anterior (quando ainda não faziam uso da ferramenta). Em 2023, a queda foi ainda maior: de 23%.

Além de identificar os riscos em "alto, médio e baixo", a plataforma dá uma visão detalhada das equipes, se propondo a auxiliar os líderes na melhor análise de planos de carreira, promoções e reconhecimentos.

"Precisávamos entender o motivo de as pessoas estarem saindo, e aquelas que apresentavam algum tipo de risco. Isso tudo tem a ver com Machine Learning e IA, pois eu olho para situações do passado e consigo entender um padrão. A tecnologia também nos ajuda a prever quem seriam os próximos", afirmou Camila Gianetti, diretora de Ativação Digital, People Analytics e Transformação de Recursos Humanos da Bayer LATAM, em entrevista a Época NEGÓCIOS.

Atualmente, ela lidera uma área nova de seis pessoas, focada em data analytics, que inicialmente reportava apenas a nível Brasil, mas desde janeiro de 2023 passou a se voltar a toda a América Latina.

Como base para as informações da Retention Tool, a companhia tem um 'Data Lake', que garante que todos os dados dos sistemas de RH estejam reunidos em um lugar, o que garante uma "acuracidade fantástica e rápida atualização", explica Camila. Com a expansão para a América Latina, o Data Lake reúne dados de 4 'clusters', que representam 17 países em que a empresa atua.

Para ela, o movimento de analytics dentro da Bayer tem sido cada vez mais forte e se expande para além do Business, chegando à área de recursos humanos, com uma equipe com diferentes skills e, ao mesmo tempo, todos focados em dados.

"Começamos a perceber que, como RH, não dá mais para não colocarmos nossos colaboradores no centro e, às vezes, temos um ego muito grande pensando saber qual a melhor prática do mercado. Agora, se o negócio vai dar realmente certo, é outra história", disse. E complementou: "A adesão do líder à Retention Tool foi incrível e trouxe um olhar muito mais estratégico".

 

Planos futuros

Como próximo passo, a empresa pretende ampliar o uso dessas ferramentas tecnológicas para além do RH. A ideia é que todos os líderes tenham acesso ao "Data portfólio", uma ferramenta que irá reunir todos os dados da companhia, inclusive a Retention Tool.

Além disso, a empresa também aplica IA em sua missão de aumentar a diversidade e inclusão internamente: uma plataforma analisa se os compromissos nestes quesitos são reais e factíveis, e dá sugestões para cumpri-los. Mas principalmente agir para reverter a situação e manter os profissionais que atuam na companhia satisfeitos e engajados.


Fonte: Época Negócios

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