Durante o ano de 2023, o CEO da Novo Nordisk, Lars Fruergaard Jørgensen, foi creditado por "atender às altas expectativas", disse a empresa em seu relatório anual de salários. (Novo Nordisk)
Com o ano anterior no retrovisor e desenvolvimentos empolgantes já no mix para 2024, o CEO da Novo Nordisk está levando para casa um aumento legal de 13% para seu desempenho em 2023.
No total, o chefe da Novo, Lars Fruergaard Jørgensen, embolsou 68,2 milhões de coroas dinamarquesas (cerca de US$ 9,9 milhões) no ano – um aumento em relação aos 60,1 milhões de coroas dinamarquesas que ele levou para casa por seu trabalho em 2022.
Desse montante, cerca de US$ 2,6 milhões vieram do salário base de Jørgensen, de acordo com o relatório anual de remuneração da Novo Nordisk. Pensão e benefícios contribuíram com mais US$ 300.000, enquanto grande parte do pacote salarial do CEO veio de incentivos de curto e longo prazo, que forneceram ao head mais US$ 2,5 milhões e US$ 4,5 milhões, respectivamente.
O programa de incentivos de curto prazo da Novo compreende o desempenho de vendas de executivos individuais, o desempenho do lucro operacional, o desempenho não financeiro, além de metas individuais. Para Jørgensen especificamente, o desempenho do CEO foi ranqueado ao longo de métricas de execução comercial, finanças, propósito e sustentabilidade e inovação e foco terapêutico, além do desempenho individual.
Jørgensen passou em todos os critérios, exceto em sustentabilidade, inovação e foco terapêutico, onde o CEO recebeu 21% do prêmio máximo possível de 25%.
Durante todo o período de 12 meses, a Jørgensen foi creditada por "atender às altas expectativas", disse a Novo em seu relatório de pagamentos.
"[Jørgensen] lidera com base em nossos valores, define uma direção estratégica clara, é ambicioso e colabora efetivamente com o Conselho, sua equipe e a organização em geral", explicou Novo Nordisk.
Nos últimos anos, a Novo Nordisk tem sido quase imparável graças ao seu arsenal de medicamentos GLP-1 em diabetes e obesidade.
No ano passado, a empresa teve um desempenho estelar no geral, elevando as receitas em 36%, para 232,2 bilhões de coroas dinamarquesas (cerca de US$ 34 bilhões). Para 2024, a Novo está olhando para níveis ligeiramente mais baixos, mas ainda impressionantes, de crescimento - em algum lugar na faixa entre 18% e 26% - graças à pressão adicional do recém-chegado Zepbound, da Eli Lilly, além das restrições de oferta em curso.
A popularidade dos respectivos blockbusters de diabetes e obesidade da Novo, Ozempic e Wegovy, levou a persistentes estrangulamentos de oferta, que a empresa ainda está procurando corrigir em 2024.
"É de se esperar que por algum tempo haja demanda que supere o que podemos produzir e, provavelmente, pela concorrência", disse Jørgensen em recente teleconferência de resultados da Novo Nordisk. No entanto, o chefe do Executivo disse esperar um crescimento "bastante forte" em 2024, em cima de uma "base cada vez maior".
Dado o desempenho de vendas da Novo no ano passado, e que ela está vendendo potenciais megablockbusters em Wegovy e Ozempic, esse aumento de 13% pode, no entanto, parecer um pouco abaixo do esperado.
Enquanto isso, a Novo Holdings – gestora de fundos que opera sob a empresa-mãe da Novo Nordisk, a Fundação Novo Nordisk – causou polêmica quando revelou que estava pagando US$ 16,5 bilhões para comprar a gigante de fabricação por contrato Catalent.
Como parte da transação, a Novo Nordisk está programada para adquirir três dos sites de acabamento de preenchimento do CDMO por US$ 11 bilhões antecipadamente.
Fonte: Fierce Pharma
Comentários