Hugo Nisenbom, CEO da MSD no Brasil: o segredo do sucesso é fazer poucas tarefas, de alto impacto, e executá-las extremamente bem — Foto: Divulgação
Hugo Nisenbom, que comanda a farmacêutica com 1,9 mil funcionários no país, conta como a empresa trabalha a questão de prioridades em sua cultura e modelo de trabalho
Por Barbara Bigarelli — Do Valor Econômico | Carreira
“O segredo do sucesso é fazer poucas tarefas, de alto impacto, e executá-las extremamente bem”. É assim que Hugo Nisenbom, CEO da MSD no Brasil, discorre sobre como a farmacêutica, com 1,9 mil funcionários no país, vem retrabalhando a questão de prioridades em sua cultura corporativa.
Treinar os gestores para aprender a trabalhar com mais foco, e evitar a sobrecarga de suas equipes, exige um sistema de gestão ágil - que a MSD vem construindo com novas metodologias desde antes da pandemia - e também adaptativo, o que pressupõe garantir autonomia à liderança média. “Temos um comitê que ajuda os grupos a remover barreiras e conseguir movimentar seu trabalho na empresa e também um programa onde os próprios funcionários analisam quais são as novas áreas de oportunidade e o que deveríamos passar a priorizar”, conta o CEO no novo episódio do CBN Professional, podcast do Valor realizado com a rádio “CBN”.
Na pandemia, a empresa que produz vacinas criou a campanha “Priorize sem Culpa” para estimular gestores - e suas equipes - a entender o que deveriam deixar de fazer para conseguir entregar tarefas de alto impacto. “E aí passamos a medir objetivamente como a carga de trabalho dos times está melhorando. É um esforço constante.”
Argentino, Nisenbom gosta de pensar com a “cabeça de cientista”, como ele mesmo define, herança de quem começou a carreira como pesquisador, seguindo mestrado e doutorado em bioquímica. Entrou na MSD há 26 anos, e trilhou ao longo de duas décadas seu caminho ao topo da corporação, vivendo em vários países da América Latina até chegar definitivamente ao Brasil em 2017. Como líder, Nisenbom se esforça para desconstruir paradigmas da liderança dizendo que o “pior erro de um gestor é enamorar-se demais de suas premissas.”
Ele mesmo diz que não acreditava, antes da pandemia, que o trabalho remoto pudesse ser produtivo. Hoje, apoia um modelo híbrido. Também brinca que não é sempre que o cliente tem razão (“o funcionário vem na frente”) e defende que gestores deveriam rever o que entendem por feedback. “As pessoas já vêm para reunião de feedback tensas, pensando que vão descobrir no que elas são ruins. Quando o papel do gestor seria reforçar, no dia a dia, as fortalezas de sua equipe, recombinando as várias habilidades à disposição.”
Ouça o Podcast abaixo:
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