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Imagem de Franz Roos por Pixabay

 

O bem-estar dos profissionais de Recursos Humanos (RH) tem sido uma crescente preocupação no ambiente corporativo. Um estudo recente realizado pela Flash, uma plataforma de gestão da jornada de trabalho, trouxe à tona dados alarmantes sobre a saúde emocional desses trabalhadores. A pesquisa, intitulada "Panorama da Saúde Emocional dos RHs", revelou que 82% dos profissionais de RH estão enfrentando altos níveis de sobrecarga no trabalho.

Este estudo, que ouviu 924 profissionais de RH de empresas de diversos portes entre abril e maio deste ano, destaca a pressão por resultados e a estratégia de redução de custos operacionais como principais motivos dessa sobrecarga. Além disso, a introdução de tecnologias avançadas, como a inteligência artificial, tem contribuído para o aumento do estresse entre esses profissionais.

A saúde mental, um tema de extrema importância que muitas vezes é negligenciado no ambiente de trabalho, também foi um ponto de destaque no estudo. Ele aponta que 65% dos profissionais de RH enfrentaram problemas de saúde mental no último ano, com a ansiedade sendo o transtorno mais comum, seguido por falta de motivação, burnout e depressão.

A pressão diária ou semanal é uma realidade para mais de um terço dos profissionais de gestão de pessoas, e a pressão no fechamento do mês aumentou 14% em comparação com o ano anterior. Guillermo Gomez, vice-presidente da Flash, enfatiza a necessidade de as empresas reconhecerem os impactos desses desafios operacionais e estratégicos na saúde emocional dos profissionais de RH.

A média gerência, que inclui supervisores, coordenadores e gerentes, é particularmente afetada, enfrentando o desafio de equilibrar demandas operacionais com responsabilidades estratégicas. Isso não apenas afeta a eficiência do trabalho, mas também o bem-estar pessoal dos profissionais.

Diante desses dados, é imperativo que as organizações adotem medidas para aliviar a sobrecarga de trabalho e promover um ambiente mais saudável para os profissionais de RH. Isso pode incluir a implementação de programas de apoio à saúde mental, a revisão de metas e expectativas de desempenho, e a promoção de uma cultura organizacional que valorize o equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

A saúde mental no trabalho é um assunto que merece atenção e cuidado. As empresas que investem no bem-estar de seus funcionários não apenas contribuem para a saúde emocional de sua equipe, mas também se beneficiam de uma força de trabalho mais engajada e produtiva. É hora de as organizações olharem além dos números e reconhecerem que o capital humano é seu maior ativo.

O Panorama da Saúde Emocional do RH destacou uma necessidade de suporte das organizações aos profissionais de RH, próximo a 40% dos entrevistados relataram receber algum tipo de incentivo ou benefício corporativo relacionado à saúde mental.

Segundo Guillermo Gomez, para ser estratégico e persuasivo ao apresentar a questão da saúde mental para o CEO e demais executivos, os diretores de RH e as demais lideranças da área precisam usar a linguagem dos números.

“Ao apresentar dados claros e mensuráveis sobre o impacto da saúde mental, o RH pode destacar não apenas os aspectos humanitários, mas também os benefícios financeiros de investir na promoção do bem-estar psicológico dos funcionários. Isso não só reforça a importância da saúde mental como uma prioridade, mas também demonstra a sua relevância estratégica para o sucesso da organização”, finaliza o executivo.

 

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