Você pode me indicar? A saga do CV versus IA

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por Joni Mengaldo

 

Você já ouviu por aí que “tem vaga sobrando, mas falta gente qualificada”. Pode até ser verdade em alguns cantos do mercado, mas vamos ser sinceros: conseguir emprego hoje em dia tá mais difícil que retirar a espada Excalibur presa na rocha.

Entre formulários infinitos, respostas que nunca chegam e vagas que parecem ter sido escritas por vilões de séries, o processo de seleção virou uma espécie de reality show silencioso — só que sem prêmio em dinheiro e com muito mais ansiedade.

 

A revolução dos currículos artificiais

A moda agora é pedir ajuda pra IA. “ChatGPT, transforma esse currículo aqui num espetáculo digno de Oscar.” E ele transforma. O problema? Todo mundo teve a mesma ideia.

O que era pra ser diferencial virou padrão. E os recrutadores — que também são IAs — já sacam essa jogada.

Sim, estamos vivendo o duelo das máquinas: robôs escrevendo currículos para outros robôs avaliarem. É o futuro, só que com menos carros voadores e mais rejeições automáticas.

 

O toque humano ainda faz diferença

Por mais que a IA seja útil (e ela é!), só você sabe contar aquela história de como salvou um projeto com um post-it e um café forte. E é esse tipo de detalhe que chama atenção — isso se ainda houver alguém humano do outro lado da triagem.

Aliás, não se engane: as plataformas de recrutamento estão cada vez mais afiadas.

Elas detectam padrões, frases genéricas e aquele jeitinho IA de escrever. Então, se quiser se destacar, talvez seja hora de voltar ao básico: escrever com autenticidade, como nos tempos em que o currículo era impresso e entregue com um aperto de mão.

 

E a culpa é de quem?

Claro, os candidatos têm sua parcela de responsabilidade. Mas as empresas também não escapam. Automatizar processos é ótimo pra produtividade, mas quando o assunto é gente, o cuidado precisa ser outro. Cada currículo representa uma história, uma esperança, uma conta de luz que precisa ser paga.

E aquela velha ideia de “vestir a camisa da empresa” perde força quando nem a empresa se dá ao trabalho de olhar quem está tentando entrar. Talvez seja hora de vestir a camisa do bom senso.

 

No fim das contas…

Você pode ter o currículo mais incrível do universo, com design impecável, palavras-chave estratégicas e até uma carta de recomendação do seu cachorro. Mas ainda assim, quem pode acabar com a vaga é o sobrinho do dono.

Então, respira. Continua tentando. E se der, faz amizade com alguém do RH. Vai que rola aquele “me indica no seu trampo” que muda tudo.

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Joni Mengaldo

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