Até 2030, a OMS espera dar como vencida a meningite, doença que pode levar à morte em até 24 horas, ou deixar sequelas tenebrosas
by Daniel Salles e Juliana Causin | Época Negócios
Até 2030, a OMS espera dar como vencida a meningite, doença que pode levar à morte em até 24 horas, ou deixar sequelas tenebrosas. Já há vacinas disponíveis contra a enfermidade hoje. O problema é que o vilão da história – o meningococo – apresenta 12 tipos diferentes. As variedades A, C, W e Y, que representam 96% dos casos graves, podem ser debeladas pela Nimenrix, da Pfizer, pela Menveo, da GSK, e pela Menactra, da Sanofi. Já a Trumenba (Pfizer) e a Bexsero (GSK) têm como alvo o tipo B, responsável pela maioria dos diagnósticos em jovens e adolescentes.
Daí a corrida das farmacêuticas para criar um imunizante que faça o papel dessas duas famílias de vacinas. A vacina que a Pfizer está desenvolvendo – testes encorajadores foram divulgados em setembro do ano passado – deverá obter o aval do CDC até outubro. “Tem potencial para ajudar a simplificar o que é atualmente um complexo esquema de vacinação contra a meningite”, declarou Annaliesa Anderson, VP do setor de vacinas da multinacional.
Em março, a GSK informou que o seu imunizante, também em fase final de testes, apresentou resultados igualmente positivos. Estão em jogo somas expressivas e o objetivo da OMS. No primeiro trimestre deste ano, as vendas da Menveo e da Bexsero cresceram 32%. Com as duas, a GSK faturou 280 milhões de libras no período.
Números e oportunidades
- 500 mil pessoas, em média, são diagnosticadas com meningite todos os anos – 50 mil perdem a vida em decorrência da doença
- 50% é quanto devem diminuir os casos cobertos pelas vacinas até o final da década, segundo a OMS
- 70% é quanto se espera que caiam os óbitos até 2030, na previsão da entidade. Com isso, a doença poderá ser dada como vencida
- 12 sorogrupos do meningococo são responsáveis pela disseminação da doença, o que torna difícil a imunização
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