A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar o medicamento Torgena, da Pfizer, primeiro antibiótico específico para o combate de bactérias resistentes, incluindo a superbactéria Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase (KPC), que já é considerada endêmica e, desde 2010, registra aumento da taxa de mortalidade no País, pela falta de opções terapêuticas adequadas.
O medicamento é uma combinação do antibiótico ceftazidima com o avibactam, uma molécula inovadora que confere ao produto superior eficácia sobre uma série de bactérias multirresistentes. Torgena é ainda eficaz contra outras duas bactérias consideradas críticas para a saúde pública pela Organização Mundial de Saúde (OMS): a Pseudomonas aeruginosa e as bactérias que expressam outro mecanismo de resistência a antibióticos, as Enterobactérias produtoras de ESBL (?-lactamases de espectro estendido).
A resistência bacteriana é considerada uma das principais ameaças à saúde global. Trata-se de um problema que pode acometer qualquer pessoa, em qualquer idade ou país, ameaçando a capacidade médica de tratar infecções graves. Atualmente, cerca de 700 mil mortes por ano são atribuídas à resistência bacteriana no mundo e, segundo a OMS, a previsão é de que esse número suba para 10 milhões de mortes até 2050.
style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="1871484486">A KPC, especificamente, expressa resistência a aproximadamente 95% dos antimicrobianos existentes no mercado. No estado de São Paulo, as taxas de resistência dessa bactéria aos antibióticos carbapenêmicos quase quadruplicou, passando de 14% para 53%, segundo dados do Centro de Vigilância Epidemiológica Paulista.
"As bactérias têm evoluído e se tornado cada vez mais resistentes às opções terapêuticas existentes. Por isso, a importância do desenvolvimento de novos antibióticos. O lançamento do antibiótico Torgena é um importante marco na luta contra a resistência bacteriana, principalmente contra a KPC", destaca Eurico Correia, diretor médico da Pfizer Brasil.
Pfizer e doenças infecciosas
Desde seu trabalho pioneiro envolvendo a penicilina nos anos 1940, a Pfizer tem se empenhado ativamente na pesquisa e no desenvolvimento de medicamentos, políticas e programas educacionais inovadores para atender às necessidades dos pacientes e médicos na área das doenças infecciosas. Globalmente, a Pfizer é líder na produção de medicamentos voltados ao combate de infecções, oferecendo aos pacientes acesso a um portfólio diversificado composto por mais de 60 produtos.
O pipeline da companhia contempla ainda outros dois antibióticos com moléculas associadas ao avibactam que estão em desenvolvimento, com foco no combate à resistência bacteriana.
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