Remédios estavam proibidos há 3 anos, mas foram liberados pelo Senado. Diretoria da Anvisa avaliou como desastrosa a decisão do Congresso.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária vai exigir dos laboratórios testes detalhados para aprovar a venda dos inibidores de apetite. Os remédios estavam proibidos há três anos, mas foram liberados pelo Senado. A Anvisa está exigindo regras mais rígidas pensando na segurança de quem vai tomar esses remédios.
A Anvisa vai continuar a briga contra a liberação desses remédios e quer que o Ministério Público entre com uma ação no Supremo Tribunal Federal contra a decisão do Senado de permitir a venda dos inibidores de apetite.
As farmácias continuam proibidas de vender os inibidores de apetite. A produção também permanece suspensa. Para voltarem ao mercado, os fabricantes terão que pedir um registro à Anvisa. E apresentar estudos que comprovem que os remédios ajudam a emagrecer sem pôr em risco a saúde dos pacientes.
“Um dos requisitos que a Anvisa cobra para qualquer produto é a comprovação de eficácia e segurança. Naturalmente, nos dossiês que vão ser apresentados pedindo o registro desses produtos, as empresas deverão apresentas esses dados também, se eles não forem apresentados, claro, nem esses nem qualquer outro medicamento pode chegar ao mercado”, afirma Dirceu Barbano, presidente da Anvisa.
Os remédios atuam no sistema nervoso central e reduzem a fome. Se forem autorizados, o femproporex, a anfepramona e mazindol só poderão ser prescritos com receita especial e se médico e paciente assinarem um termo de responsabilidade. Exigência já feita para a compra da sibutramina.
Os inibidores de apetite foram proibidos há três anos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Mas no início deste mês, o Senado aprovou um decreto liberando os remédios. A diretoria da Anvisa, em uma reunião fechada, avaliou como desastrosa a decisão do Congresso, que tratou politicamente um assunto técnico. Segundo a Anvisa, a análise dos pedidos de registro que forem feitos pelas empresas devem levar seis meses.
Antes de votar autorizando a venda dos inibidores, o Senado recebeu argumentos de médicos contrários e a favor da venda dos remédios. E a Anvisa mostrou estudos científicos mostrando que os medicamentos trazem risco à saúde.
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