Quem passa pelos pavilhões da antiga indústria farmacêutica Basa, no bairro Santa Catarina em Caxias do Sul, se pergunta o que será feito da estrutura que está desativada há mais de três anos. Após cerca de um ano da massa falida ter sido arrematada em leilão por um grupo de Vera Cruz, que tem acionistas da Medilar, uma equipe trabalha para reativar a fábrica no ano que vem.

Além dos R$ 8,8 milhões investidos para adquirir a companhia, o grupo prevê mais R$ 10 milhões para a reestruturação da indústria, incluindo a compra de novos maquinários. Como a marca não foi comprada, a indústria caxiense passa a ter o novo nome de Basal Indústria Farmacêutica Ltda, segundo seu diretor executivo Roberto Arend, que está na cidade para coordenar a reativação da fábrica.

— Procuramos um nome parecido, porque o mercado consumidor sempre recebeu muito bem a marca. Ela sempre teve o carinho da comunidade de Caxias, de hospitais e clientes…

Não temos um parque fabril deste setor muito grande no Estado. Logisticamente, em um momento de falta de muitos insumos farmacêuticos, com o soro vindo de outros Estados, a retomada das atividades da Basal vai ser muito estratégica — aponta o diretor.

Arend diz que o projeto original prevê a produção do primeiro lote piloto de soros em 12 meses a partir do início dos trabalhos in loco, que começaram em abril deste ano.

— Tudo vai depender também das questões regulatórias que envolvem Secretaria do Meio Ambiente, vigilância sanitária do Estado e outros órgãos — explica.

Hoje são seis os profissionais que atuam em Caxias, mas a expectativa é de contratação de cerca de 150 trabalhadores daqui a cerca de 10 meses. A intenção é ter até três turnos de produção. Segundo o diretor da Basal, a arrancada já deve ter volume de produção maior do que a Basa tinha anteriormente.

 

Fonte: Pioneiro

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