A Biomm, localizada em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), recebeu a Certificação de Boas Práticas de Fabricação (BPF) da etapa de embalagem secundária de produtos estéreis. O deferimento foi dado pela Gerência Geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Essa é a primeira certificação em BPF emitida pela entidade para a planta da empresa em Nova Lima, conforme comunicado ao mercado, divulgado ontem pela empresa.
A companhia tem se destacado em Minas, sobretudo por ter anunciado que vai lançar no País dois medicamentos para os tratamentos de diabetes e câncer de mama. Conforme o DIÁRIO DO COMÉRCIO noticiou no último mês de junho, os produtos já contam com aprovação da Anvisa e serão importados da Coreia do Sul e dos Estados Unidos. No entanto, ainda é preciso haver uma autorização da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) para a comercialização dos itens.
Enquanto a marca ainda não está produzindo, a empresa se desenvolve em mais segmentos: a comercialização e a distribuição de outros medicamentos.
A insulina Technosphere Afrezza, certificada pela Anvisa em junho, é um desses produtos. Conforme o CEO da Biomm, Heraldo Marchezini, informou na época, o item é capaz de levar aos pacientes adultos com diabetes mellitus mais conforto e praticidade. Isso porque é um produto inalável, em pó.
Herzuma – Certificado pela Anvisa em maio, o Herzuma, por sua vez, trata o câncer de mama e chega da Coreia do Sul. O item, um anticorpo monoclonal biossimilar, pode bloquear as células doentes sem atingir aquelas que estão saudáveis. A indicação do medicamento é para tratamento de câncer de mama do tipo HER2+.Fábrica.
Em sua página oficial na internet, a Biomm afirma que a fábrica da marca “conta com o que há de mais moderno na produção de biomedicamentos e foi construída com o objetivo de proporcionar ao Brasil independência produtiva de medicamentos de alta tecnologia, como análogos de insulina e outros medicamentos biológicos”.
Conforme publicado anteriormente, a construção da planta de Nova Lima demandou aporte de R$ 540 milhões. Para construir a plataforma, a empresa contou com linhas de financiamento do BNDES, do BDMG, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e da Agência Brasileira da Inovação (Finep).
A planta de insulina da Biomm, com base em informações já divulgadas pela empresa, tem 30 mil metros quadrados e capacidade para produzir 20 milhões de frascos de insulina humana recombinante por ano.
Fonte: Diário do Comércio
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