Por Juliano Basile
Valor Econômico
BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro (PSL) indicou o general e médico Paulo Sérgio Sadauskas para diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele terá que passar por uma sabatina no Senado antes de ser confirmado para o cargo.
Sadauskas se formou na Faculdade de Medicina de Jundiaí, em São Paulo, e foi chefe de gabinete da Diretoria de Saúde do Exército em 2015. Ele é mais um integrante do Exército que foi nomeado para cargo no governo federal por Bolsonaro.
A 13 dias do fim do seu mandato, em 2018, o agora ex-presidente Michel Temer (MDB) chegou a indicar, em mensagem ao Senado, o então deputado e líder do governo no Congresso, André Moura (PSC), que não conseguiu se eleger senador em Sergipe, para a diretoria da Anvisa.
Sem qualquer experiência na área de saúde, a indicação de Moura foi altamente contestada por servidores do setor. A presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) na ocasião, a então senadora Marta Suplicy (SP), sem partido, se recusou a colocar a indicação para apreciação pelo órgão. Na época presidente já eleito, Bolsonaro negou a indicação de Moura por meio do Twitter.
Em sentença proferida ainda em dezembro, a Justiça em Sergipe condenou Moura por abuso de poder político, com punição de inelegibilidade por oito anos.
A Anvisa é dirigida por um colegiado de cinco diretores com mandatos de três anos não coincidentes entre si, sendo um dos membros designado por decreto do presidente da República para presidir o órgão. Atualmente, A Anvisa tem apenas quatro diretores nomeados e a presidência está nas mãos do médico cardiologista William Dib, ex-prefeito de São Bernardo do Campo (SP), com mandato até 21 de dezembro deste ano.
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