A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro da vacina Trumenba, da farmacêutica Pfizer. Agora, quem quiser se proteger contra a meningite terá mais uma opção nas clínicas particulares.
Até então, a única vacina contra a meningite B – um dos subtipos da meningite meningocócica, causada por uma bactéria – no Brasil era a Bexsero, fabricada pela GSK. Ela é recomendada para brasileiros a partir dos 2 meses de idade, enquanto a Trumenba só tem autorização para ser injetada em jovens dos 10 aos 25 anos.
De acordo com o médico Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), essa diferença na indicação é explicada por um evento que aconteceu nos Estados Unidos.
Em 2013, houve um surto da doença nos campi universitários americanos. Um ano depois, a vacina Trumenba foi aprovada no Estados Unidos – ela, portanto, foi estudada justamente para a população que frequentava essas faculdades.
“Esse imunizante ainda não foi testado em crianças pequenas. Certamente, serão feitas pesquisas posteriores nessa faixa etária. Mas, por enquanto, o licenciamento é esse”, afirma Kfouri.
Tirando essa particularidade, as duas opções parecem se equivaler. “A Trumenba tem uma composição diferente, mas, no quesito proteção, é bem parecida”, informa o especialista.
Só tenha atenção para as contraindicações: “A princípio, não deve ser usada em gestantes e em indivíduos que manifestaram alguma reação alérgica aos componentes”, orienta o pediatra.
Assim como a Bexsero, a Trumenba estará disponível apenas no setor privado, em forma de injeção. Serão duas doses com intervalo de seis meses.
Segundo Kfouri, não há previsão para a chegada na rede pública em curto período. “Apesar da enorme gravidade da doença, no Brasil a gente tem o subtipo C como principal perigo. Ele sempre foi a prioridade para combater”, explica.
O especialista da SBP reforça que a vacina para a meningite meningocócica C (que também engloba os subtipos A, W e Y) é distribuída gratuitamente nos postos de saúde do país. Ela deve ser aplicada aos 3, 5 e 7 meses de vida, com reforço entre os 4 e 6 anos e aos 11 anos de idade.
Fonte: Ação Popular
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