Cientista israelense afirma que vacina russa garante imunidade mais estável que a de Oxford

Ampolas com a vacina russa Sputnik 5, contra o coronavírus (foto: agência TASS)

Segundo a pesquisadora chefa do Centro Médico Israel Hadassah, as críticas à Sputnik V “são de natureza política, pois cientificamente falando, ela foi feita através

POR  VICTOR FARINELLI

Revista Fórum

As críticas à Sputnik V, a vacina russa contra o coronavírus, seriam “de natureza política”, e ignorariam que sua “eficácia para produzir uma imunidade inclusive mais estável que a da vacina de Oxford”. Esta é a opinião da doutora Polina Stepenskaya, pesquisadora chefe do Centro Médico Israel Hadassah.

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A cientista israelense afirma que teve acesso às publicações de resultados dos últimos testes de algumas vacinas que estão sendo desenvolvidas, incluindo a Sputnik V e a vacina de Oxford, duas das mais comentadas, entre as que disputam a chamada “corrida das vacinas”.

Segundo a pesquisadora, “os russos fizeram algo realmente maravilhoso e conseguiram um grande avanço no campo da ciência, e produziram uma vacina que tende a ter uma imunidade mais prolongada, se comparado os dados entregues pelos russos com os dos pesquisadores de Oxford, por exemplo”.

No entanto, a cientista ressalta que não está afirmando que uma vacina é necessariamente melhor que a outra. “Nenhuma vacina é perfeita. A Sputnik V tem a limitante de que só pode ser administrada em pessoas acima de 18, um problema que a de Oxford, ao parecer, não terá, e poderá ser aplicada também em crianças e adolescentes”, analisou a doutora.

Outro detalhe destacado por Stepenskaya é sobre como as vacinas podem ser aperfeiçoadas. “Ambos os produtos tendem a ser melhorados com o tempo, para corrigir esses elementos. As vacinas de gripes precisam estar em constante atualização, e estas não serão diferentes”, comentou.

Finalmente, ela criticou os questionamentos sobre a vacina russa, pelo fato de ela ser desenvolvida a partir de um adenovírus, e não de um coronavírus debilitado, como as vacinas mais tradicionais. “Foi usado um adenovírus humano, de onde extraíram a parte responsável pela replicação do vírus. Trata-se de um método conhecido e utilizado em todo o mundo”, concluiu.

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Joni Mengaldo

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