A Medtronic apresentou os resultados de um estudo que comprova a eficácia do seu algoritmo exclusivo AdaptivCRT (TM), estando o mesmo associado a uma maior sobrevida dos doentes. Os dados foram divulgados no Heart Rhythm 2018, no 39.º congresso anual da Heart Rhythm Society, que teve lugar entre 9 e 12 de maio, em Boston.
Num registo prospetivo real-world de 1835 doentes, a utilização do algoritmo AdaptivCRT foi associada a uma redução de 31% da mortalidade por qualquer causa, em comparação com a terapia de ressincronização cardíaca (CRT) convencional (p=0,02). O algoritmo AdaptivCRT personaliza a terapia, ajustando os estímulos do dispositivo de CRT ao coração de acordo com avaliações minuto a minuto do ritmo cardíaco de cada doente, estando a ser avaliada a sua superioridade face ao CRT convencional num ensaio clínico randomizado, o AdaptResponse.
“Doentes com insuficiência cardíaca têm, normalmente, muitos outros problemas de saúde e estão em risco de internamentos frequentes e até mesmo de morte”, explica o Dr. Jagmeet P. Singh, coordenador do Serviço de Cardiologia do Massachusetts General Hospital, em Boston.
“O algoritmo AdaptivCRT não está apenas ligado a uma melhor sobrevida do doente, pois também já foi comprovado que reduz o risco de fibrilação auricular e novos internamentos hospitalares”, acrescenta.
style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="1871484486">A fibrilação auricular (FA), que se caracteriza por um ritmo irregular e rápido nas câmaras superiores do coração, é um dos distúrbios mais comuns do ritmo cardíaco e há uma grande percentagem de doentes com insuficiência cardíaca que também tem FA. Análises anteriores ao AdaptivCRT mostraram uma redução de 46% dos episódios de FA com duração de mais de 48 horas face aos doentes tratados com CRT convencional.
Além disso, o AdaptivCRT permite que os médicos consigam prestar cuidados mais personalizados e adaptar o tratamento às necessidades individuais de casa doente, o que levou a uma redução de 59% da probabilidade de um doente com insuficiência cardíaca vir a ser internado novamente num espaço de 30 dias. Evidência do ensaio clínico randomizado do AdaptivCRT demonstrou que o algoritmo aumenta a taxa de resposta ao CRT, reduz a estimulação ventricular direita desnecessária e melhora os resultados clínicos de doentes com condução auriculoventricular normal.
“Com o AdaptivCRT estamos a tratar a insuficiência cardíaca de forma abrangente, com tecnologia projetada para responder às necessidades individuais de cada doente", afirma o Dr. Kweli P. Thompson, vice-presidente e diretor-geral do Departamento de Terapia de Ressincronização Cardíaca, que faz parte da divisão Cardiac Rhythm and Heart Failure da Medtronic. "Este estudo mostra mais uma vantagem do AdaptivCRT e aguardamos ansiosamente pelos resultados do estudo aleatório AdaptResponse nos próximos anos”.
Quando se analisa o panorama mundial da insuficiência cardíaca, verifica-se que mais de 26 milhões de pessoas são afetadas pela patologia, que se caracteriza por ser progressiva e com taxas de readmissão de 40% em 90 dias. Isto traduz-se num consumo intensivo de recursos durante os internamentos hospitalares. O CRT é um tratamento aplicado a doentes com insuficiência cardíaca, que melhora a eficácia do coração em bombear o sangue e que pode ter um desfibrilhador implantável (CRT-D) ou apenas pacemaker (CRT-P).
A Medtronic é uma empresa líder no mercado em diagnóstico, gestão e tratamento da FA. As tecnologias que disponibiliza podem, não só ajudar a detetar, reduzir a duração e responder à FA, mas também tratar a FA paroxística. Em colaboração com médicos, investigadores e cientistas de todo o mundo, a Medtronic oferece tratamentos inovadores para o tratamento cirúrgico e de intervenção de doenças cardiovasculares e arritmias cardíacas.
Fonte Newsfarma Portugal
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